O Ministério Público Federal (MPF) informa nesta terça-feira que, entre 2010 e 2013, aumentou em mais de 800% o número de procedimentos extrajudiciais instaurados para punir o trabalho escravo no Brasil. No mesmo período, quase dobraram o número de ações penais. Os números fazem parte de um levantamento da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.
O MPF lançou hoje uma campanha nacional para combate o trabalho escravo, tipificado no artigo 149 do Código Penal como a redução da pessoa a condição análoga à de escravo.
De acordo com o MPF, em todo o Brasil atualmente são 2.232 investigações em andamento referentes à pratica de trabalho escravo, abrangendo os artigos 149, 203 e 207 do Código Penal. Os Estados que apresentam o maior número de casos são: Pará, com 295 investigações em andamento, Minas Gerais, com 174 investigações, Mato Grosso, com 135 casos, e São Paulo, com 125.
Segundo o MPF, o trabalho escravo é mais comum em áreas rurais, carvoarias, confecção de roupas, construção civil e para fins de exploração sexual.