MT: mãe salva vida do filho de 8 anos e depois morre afogada

Juliane foi retirada do rio sem vida

14 jan 2015 - 14h18
(atualizado às 14h21)
Juliane estava com a família aproveitando do período de férias na praia de água doce quando viu que o filho estava se afogando
Juliane estava com a família aproveitando do período de férias na praia de água doce quando viu que o filho estava se afogando
Foto: Araguaia Notícias / Reprodução

A cabeleireira Juliane Mores Amorim, de 30 anos, morreu afogada, após salvar o filho, de 8 anos, e um colega dele, da mesma idade. O acidente fatal aconteceu no final da tarde desta terça-feira (13), na praia da Rapadura, em Barra do Garças (MT).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, Juliane estava com a família aproveitando do período de férias na praia de água doce, uma das mais perigosas do rio Garças, quando viu que o filho estava se afogando. Desesperada, ela entrou correndo na praia e tentou agarrá-lo. Depois de tirar o menino, o colega dele também começar a se afogar e, assim que ela salvou o segundo garoto, com a ajuda de uma prima, perdeu as forças.

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Juliane já foi retirada do rio, por um outro banhista, sem vida. Fizeram massagem, acionaram o Corpo de bombeiros, que quando chegou ao local do acidente, encaminhou a prima, desacordada, às pressas ao hospital.

“Esse rio é meio melindroso, meio danado, cheio de rebojo”, explica o ex-marido dela, vereador da cidade vizinha, Aragarças (GO), Cleybiomar Gonçalves dos Santos. Rebojos são redemoinhos embaixo da água, que agem como correntezas, sem que o praiano perceba onde eles estão. “Por causa disso, essa praia, que antigamente era a mais badalada de Barra, tem deixado de ser frequentada”, destaca o ex-marido.

Além de beber muita água, Juliane também engoliu areia, movida pelos rebojos.

A família dela, que também é de Aragarças, está inconsolável no velório. “O menino, que era o único filho dela, deve ficar com o pai ou a avó”, informa o vereador Cleybiomar. Na manhã desta quarta-feira (14), ele verificando os detalhes para o velório e sepultamento da ex-mulher, com quem ficou casado 5 anos e mantinha um relacionamento amistoso, embora não seja pai do menino salvo.

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“Ficou a amizade pela pessoa maravilhosa que era, mãe generosa, cuidadosa ao extremo, de uma família também maravilhosa, que agora sofre com essa situação terrível”, lamenta Cleybiomar.

Juliane completou 30 anos no dia 30 de dezembro.

Familiares e amigos se despedem dela na Casa dos Velórios. O corpo será sepultado às 17h30 desta quarta-feira.

Fonte: Especial para Terra
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