Em um recado a governadores, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira que não adianta Estados decidirem por conta própria quais grupos vão receber vacinas contra Covid-19 sem seguir a orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI), chegando inclusive a falar que não vale "demagogia vacinal".
"Se seguirmos o que o PNI define, é a garantia que vamos ter um sucesso ainda maior do que já temos no momento", disse.
"Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não conseguirá entregar essas doses", emendou.
Em entrevista no Ministério da Saúde, Queiroga destacou ainda que não vale Estados recorrerem à Justiça porque juízes não vão assegurar doses que não existem. Segundo ele, o Brasil é uma só nação, um só povo.
Estados como Rio de Janeiro e São Paulo têm adotado um esquema de vacinação diferente do preconizado pelo Ministério da Saúde e já chegaram a interromper a vacinação em dados momentos alegando falta de remessas de doses pelo governo federal.
Queiroga disse que o foco do governo é concluir até outubro o ciclo vacinal com duas doses de todos os brasileiros --antes a previsão era dezembro-- com o objetivo de evitar a proliferação da variante Delta.
Segundo o ministro, há pesquisas que mostram que a variante pode atacar mais pessoas vulneráveis e idosos. Ele anunciou uma dose de reforço --terceira dose-- para essas pessoas.