Nestor Cerveró passa mal e defesa pede para tratar depressão

Ex-diretor da Petrobras está na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 14 de janeiro, em função dos desdobramentos da Operação Lava Jato

4 fev 2015 - 20h17
(atualizado às 20h21)
O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, em Brasília. 02/12/2014
O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, em Brasília. 02/12/2014
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

A defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, apresentou nesta quarta-feira (4) à Justiça um pedido de autorização para que seu cliente possa iníciar um tratamento contra a depressão. Cerveró está na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, e foi atendido nesta quarta-feira por uma ambulância do Samu, após apresentar um quadro clínico de ansiedade com alta de pressão arterial, segundo os advogados. 

Publicidade

No pedido feito ao juiz federal Sérgio Moro, a defesa de Cerveró anexou um laudo assinado pela psicóloga Elizabeth Carneiro. A médica solicita autorização para começar o tratamento dentro da prisão. 

"Declaro para os devidos fins que Nestor Cerveró é meu paciente a três anos e faz tratamento psicoterápico desde esta época para um quadro de transtorno de ansiedade. Desde o mês de abril de 2014, vem apresentando sintomas depressivos severos, necessitando assim de tratamento psicológico também para esta patologia. Apresenta-se atualmente com depressão maior, sendo extremamente danosas interrupção do tratamento psíquico", diz a médica no laudo. 

Justiça manda abrir nova investigação contra Cerveró
Video Player

Nestor Cerveró está na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 14 de janeiro, em função dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Ele foi preso sob a acusação de tentar ocultar os seus bens. 

De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no dia 16 de dezembro, Cerveró sacou R$ 500 mil de um fundo de previdência privada e transferiu o valor para a filha, mesmo tendo sido alertado pela gerente do banco de que perderia 20% do valor. Em junho do ano passado, o ex-diretor da Petrobras havia transferido imóveis para seus filhos, com valores abaixo dos de mercado. Na intepretação do Ministério Público Federal, Cerveró tentou blindar seu patrimônio e, por isso, a prisão foi requerida.

Publicidade
Agência Brasil
TAGS
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações