Operação mira ex-assessores de Flávio Bolsonaro

18 dez 2019 - 12h16
(atualizado às 12h24)

Queiroz e outros ex-assistentes do filho mais velho do presidente da República são alvo de busca em investigação sobre o esquema das "rachadinhas". Ex-esposa de Bolsonaro também está na mira.Fabrício Queiroz e outros ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) foram alvos de operações de busca e apreensão nesta quinta-feira (18/12) em uma ação relacionada ao caso das chamadas "rachadinhas", um suposto esquema de divisão de salários que teria ocorrido no gabinete que o filho mais velho do presidente da República ocupou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando era deputado estadual.

Caso Queiroz gera incômodos a Flávio e Jair Bolsonaro
Caso Queiroz gera incômodos a Flávio e Jair Bolsonaro
Foto: DW / Deutsche Welle

Entre os investigados na operação do Ministério Público Federal (MPF), também estão a ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, seu pai e parentes dela. Flávio é suspeito de desvio de verba de seu gabinete através do esquema.

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Queiroz, que trabalhou por mais de uma década como assessor e motorista do senador, se tornou o centro de uma investigação sobre Flavio Bolsonaro, o filho mais velho do presidente, Jair Bolsonaro, e outras 101 pessoas físicas e jurídicas. O MPF obteve em maio a autorização para a quebra dos sigilos fiscal e bancário de 96 pessoas e empresas, incluindo o senador e seu ex-assessor.

A investigação foi iniciada em julho do ano passado. Meses antes, o agora extinto Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) - substituído pela Unidade de Inteligência Financeira - havia alertado o MP sobre movimentações atípicas na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 que somavam 1,2 milhão de reais.

O compartilhamento das informações foi questionado como sendo ilegal e o caso ficou parado até novembro deste ano, até o Supremo Tribunal Federal decidir que o compartilhamento de informações ocorreu dentro da lei.

Queiroz e Jair Bolsonaro se conheceram em 1984. Ele trabalhou para Flávio entre os anos de 2007 e 2018.

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A defesa de Queiroz se disse "surpresa" com a operação de busca, afirmando através de nota que a ação seria "absolutamente desnecessária", uma vez que ele "sempre colaborou com as investigações, já tendo, inclusive, apresentado todos os esclarecimentos a respeito dos fatos".

RC/ots

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