Papa culpa escândalos na Igreja por afastar jovens

Francisco fechou viagem aos países bálticos em Tallinn, Estônia

25 set 2018 - 15h18
(atualizado às 15h25)

O papa Francisco encerrou nesta terça-feira (25) sua viagem pelos países bálticos com uma visita a Tallinn, capital da Estônia, nação onde menos de 0,5% da população se diz católica.

Após ter passado por Lituânia e Letônia, onde discursou contra o totalitarismo e em defesa da liberdade, o Pontífice foi recebido pela presidente estoniana, Kersti Kaljulaid, e participou de um encontro ecumênico com jovens em uma igreja luterana.

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Francisco passeia de papamóvel em Tallinn, na Estônia
Francisco passeia de papamóvel em Tallinn, na Estônia
Foto: EPA / Ansa

"Sabemos que muitos jovens não nos pedem nada porque não nos consideram interlocutores significativos para sua existência. Alguns, inclusive, pedem expressamente para ser deixados em paz, porque sentem a presença da Igreja como incômoda e até irritante", reconheceu o Papa.

Na sociedade da Estônia, mais de 70% da população se diz "não religiosa", enquanto 16% das pessoas são ortodoxas, e 10%, luteranas. Para Francisco, a descrença dos jovens estonianos na Igreja se deve também a seus escândalos.

"Eles ficam indignados com os escândalos sexuais e econômicos, frente aos quais não veem uma condenação clara. É ruim isso, quando uma Igreja, uma comunidade, se comporta de tal modo que os jovens acreditam que 'esses não me dirão nada'", acrescentou.

A visita de Francisco aos países bálticos foi encerrada com uma missa na Praça da Liberdade de Tallinn. A viagem ocorreu por ocasião dos 100 anos de independência das três nações, cuja resistência contra os domínios nazista e soviético foi elogiada diversas vezes por Francisco.

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