O papa Francisco encerrou nesta terça-feira (25) sua viagem pelos países bálticos com uma visita a Tallinn, capital da Estônia, nação onde menos de 0,5% da população se diz católica.
Após ter passado por Lituânia e Letônia, onde discursou contra o totalitarismo e em defesa da liberdade, o Pontífice foi recebido pela presidente estoniana, Kersti Kaljulaid, e participou de um encontro ecumênico com jovens em uma igreja luterana.
"Sabemos que muitos jovens não nos pedem nada porque não nos consideram interlocutores significativos para sua existência. Alguns, inclusive, pedem expressamente para ser deixados em paz, porque sentem a presença da Igreja como incômoda e até irritante", reconheceu o Papa.
Na sociedade da Estônia, mais de 70% da população se diz "não religiosa", enquanto 16% das pessoas são ortodoxas, e 10%, luteranas. Para Francisco, a descrença dos jovens estonianos na Igreja se deve também a seus escândalos.
"Eles ficam indignados com os escândalos sexuais e econômicos, frente aos quais não veem uma condenação clara. É ruim isso, quando uma Igreja, uma comunidade, se comporta de tal modo que os jovens acreditam que 'esses não me dirão nada'", acrescentou.
A visita de Francisco aos países bálticos foi encerrada com uma missa na Praça da Liberdade de Tallinn. A viagem ocorreu por ocasião dos 100 anos de independência das três nações, cuja resistência contra os domínios nazista e soviético foi elogiada diversas vezes por Francisco.
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