Em culto com grande participação de evangélicos no principal salão do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que os parlamentares devem "produzir a felicidade" e defendeu que eles votem de forma independente, conforme sua consciência.
"Meus senhores, minhas senhoras, irmãos, cristãos, brasileiros, o meu sonho é o sonho de vocês. Nós vamos conseguir esse objetivo", disse.
"Queremos, e é o nosso dever, parlamentares, produzir a felicidade e construir. Nós conseguiremos com lealdade, com ética, com religião, respeitando o próximo, votando de foram independente, ouvindo a sua consciência e tendo o seu entendimento sobre a matéria, nós revolucionaremos o Brasil. Repito: Ninguém tem o que nos temos. Deus foi muito generoso conosco", completou.
O presidente, sua esposa Michelle Bolsonaro, importantes ministros de Estado, parlamentares, autoridades e fiéis de uma série de correntes evangélicas participaram de um Culto de Ação de Graças pelo primeiro ano de governo em mais um episódio da aproximação de Bolsonaro com os evangélicos --religião de Michelle, o presidente é católico.
Em sua fala, visivelmente emocionado, Bolsonaro disse que não se deve ter ambições por cargos, por serem passageiros. Fez, em alguns momentos, aceno aos parlamentares ao dizer que "muitos não sabem o poder que têm".
"O poder de mudar o mundo e transformar o nosso Brasil. Creio eu, falando de números. Os números são importantes, eles aquecem a economia, mas o amor, o patriotismo, a entrega não têm preço", afirmou.
"Meus amigos parlamentares, temos tudo para mudar o Brasil. Durante os quatro anos que antecederam as eleições que eu decidi disputar, eu sempre citava uma passagem minha com Israel. Olhe o que eles não têm e veja o que eles são. Olhe o que o Brasil tem o que o Brasil não é", reforçou.
Bolsonaro disse que hoje o Brasil tem um presidente que é leal ao povo, que reconhece os is militares e que acredita em Deus.
Em um dos momentos do discurso, o presidente citou ter tido chance a uma segunda vida --numa referência indireta ao atentado à faca que sofreu, durante a campanha eleitoral, no interior de Minas Gerais.