O Partido Liberal (PL), ao qual o presidente Jair Bolsonaro é afiliado, errou as informações no pedido que fez ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que alegou que a cantora Pabllo Vittar fez campanha eleitoral antecipada ao segurar durante show uma toalha com o rosto do ex-presidente Lula. O TSE chegou a proibir novas manifestações sob risco de multa de R$ 50 mil, mas a organização não pôde ser intimada devido ao erro das informações.
No pedido, o partido preencheu como representados as empresas Lollapalooza Brasil Servicos de Internet LTDA e Latin Investment Solutions Participacoes Ltda, administradora da primeira. Ambas são empresas já encerradas, com e-mails e endereços antigos.
Neste domingo, 27, dando cumprimento à intimação, o oficial de justiça informou que, sobre a administradora, "não foi declinado endereço de correspondência e o endereço de correio eletrônico informado é inexistente, conforme mensagem automática anexa à presente certidão". Já quanto à empresa de serviços de internet homônima do festival, a resposta foi que havia apenas o endereço de correspondência.
Mesmo assim, uma oficial de justiça foi até o festival para entregar a intimação em mãos, no que se encontrou com a advogada da verdadeira organizadora do evento no país, a Time For Fun (T4F). Após ler e tomar ciência do acontecido, a advogada Fernanda Sanches Pinheiro Soares informou que desconhecia as empresas citadas na decisão e que elas não são as produtoras do evento.
Com o erro e com o fim do evento neste domingo, 27, a decisão não terá efeito prático, já que decisões começam a valer após a citação das partes. O Terra tenta contato com a assessoria de imprensa do Lollapalooza Brasil mas, até a última atualização desta matéria, mas não obteve retorno.