A convenção nacional do PCB, realizada nesta sexta-feira (20), decidiu apoiar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, na eleição à Presidência da República. O encontro realizado na sede do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), no centro do Rio, teve a presença de um grande número de militantes do partido. O PSOL irá confirmar no sábado (21) a candidatura de Boulos.
"Nestas eleições, já decidimos, há algum tempo, a coligação com o PSOL. Nós achamos que esta candidatura faz parte de uma política do PCB, de constituição de uma frente de esquerda. Ela também vem de baixo, dos movimentos sociais, como o indígena, o sem-terra e os demais, e se uniu aos partidos políticos. Isso dá um diferencial muito importante em relação à velha política", disse o secretário-geral do partido, Edmilson Costa.
"Nós temos um candidato que não está ligado à velha política, não está ligado à corrupção e, ao mesmo tempo, tem um programa que se diferencia claramente do que foi derrotado pela vida: o da conciliação de classes. Nós vamos construir uma nova política, para um novo Brasil. Teremos surpresa neste primeiro turno e o Boulos vai para o segundo turno", apostou.
O secretário-geral do PCB defendeu, no campo econômico, a retomada de todas as empresas privatizadas consideradas estratégicas para o país e a promoção de uma política de incentivo ao desenvolvimento nacional, baseada no investimento público e com controle dos trabalhadores.
Na questão do petróleo, o partido defende a total estatização da Petrobras e a paralisação das operações de venda de patrimônio da empresa. De acordo com Edmilson, o apoio do PCB à candidatura Boulos garantirá mais 4 ou 5 segundos de televisão ao PSOL.
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