Petição quer barrar americano que ensina a 'pegar mulher'

Julien Blanc ministra palestras pelo mundo em que incentiva a violência contra mulheres. Em janeiro, ele pode desembarcar no Brasil

11 nov 2014 - 15h04
(atualizado às 17h08)
<p>Julien Blanc em imagem de reprodução de rede social</p>
Julien Blanc em imagem de reprodução de rede social
Foto: Facebook / Reprodução

Talvez você nunca tenha ouvido falar em Julien Blanc. Mas deveria - e por péssimos motivos.

O norte-americano é um "profissional" que viaja o mundo ministrando conferências para ensinar homens a "pegar" mulheres. Entre suas "táticas" estão ofender as "pretendentes", ignorar quando elas dizem "não" e até mesmo agredi-las fisicamente. Em vídeos disponibilizados na internet, ele mostra, por exemplo, como agarrar uma menina pelo pescoço e empurrá-la à força em direção à virilha. "Se você é um homem branco, pode fazer o que quiser", diz na gravação. 

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Pelo teor machista, racista e criminoso de suas palestras, Julien teve diversos eventos cancelados em outros países, como Austrália e Reino Unido. Seu próximo destino, porém, pode ser o Brasil - e os internautas já começaram a se mobilizar para impedir que isso aconteça. 

Em uma petição criada na internet e direcionada à delegacia de imigração do País, brasileiros pedem, em nome de "milhares de mulheres que todos os dias combatem a violência", que a Polícia Federal impeça a vinda do norte-americano (que, de acordo com seu blog, estará em Florianópolis entre 22 e 24 de janeiro de 2015 e no Rio de Janeiro entre 29 e 31 do mesmo mês). 

"Nós, mulheres brasileiras, não queremos este monstro no nosso país para disseminar ainda mais a violência contra a mulher, uma luta de séculos que vem sido galgada a base de muita garra. É uma luta diária e precisamos nos unir mais uma vez, ter voz e dizer 'não'. O 'não' para a violência que custa milhares de vidas todos os dias. É esse 'não' que poderá salvar a vida de muitas outras. Esse homem é um criminoso, doente, que vem para nosso país para ganhar dinheiro ensinando homens a estuprarem, a violentarem mulheres. Não aguentamos mais isso", diz o texto. 

No início da tarde desta terça-feira, a petição já havia sido assinada por mais de 29 mil pessoas. 

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Fonte: Terra
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