O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) informou, na manhã desta quinta-feira, que equipes de resgate encontraram no mar mais dois corpos de trabalhadores que morreram na explosão no navio-plataforma São Mateus, da Petrobras. Com isso, o número de mortos do acidente sobe para cinco.
"A triste notícia é de que estão confirmadas mais duas mortes de companheiros no acidente com o navio-plataforma São Mateus. As informações atualizadas, no momento, são de cinco mortes, quatro desaparecidos e 10 feridos. Os diretores do Sindipetro-ES estão reunidos agora com o coordenador da Federação Única dos Trabalhadores (FUP), José Maria Rangel, que veio ao Estado acompanhar os desdobramentos da tragédia. Eles estão do Edifício Vitória, da Petrobras, e aguardam para participar do Comitê de Crise instaurado pela estatal. O Sindipetro-ES e a FUP estão cobrando da Gerência Regional de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras (SMS) a participação efetiva dos representantes dos trabalhadores nos trabalhos de investigação sobre as causas do acidente", disse o órgão, em nota publicada por volta das 10h.
Sobre a explosão
O acidente, causado por um vazamento de gás na casa de bombas, ocorreu por volta das 12h50 desta quarta-feira, na plataforma FPSO, estação petrolífera controlada pela BW Offshore, em Cidade São Mateus. Além dos mortos, ele deixou dez profissionais feridos e seis desaparecidos.
Ao todo, 74 pessoas estavam na embarcação, que produz 2,25 milhões de metros cúbicos de gás natural e 350 metros cúbicos de óleo diariamente. A plataforma opera desde junho de 2009 e está localizada na Bacia do Espírito Santo, no pós-sal dos campos de Camarupim e Camarupim Norte a 100 km da costa.
Segundo informações do governo do Espírito Santo, o Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, especializado em vítimas com queimaduras na cidade de Serra, foi colado em estado de alerta.
Em nota enviada à imprensa, a Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) disse que um navio e duas aeronaves da Marinha foram deslocadas para a área, para inicialmente realizar a evacuação de pessoal e remover as vítimas para os hospitais da região da Grande Vitória.
A CPES ainda contou que será aberto um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para esclarecer as causas e responsabilidades pelo acidente na plataforma. O prazo para a conclusão das investigações é de 90 dias.
Por sua vez, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou ter enviado duas equipes para acompanhar a investigação do acidente. Uma irá para a sala de crise da Petrobras, no Rio de Janeiro, e a outra embarcará na FPSO.