PF desarticula quadrilha que fraudou R$ 20 milhões na Caixa

Prejuízo causado por grupo que atuava em quatro agências bancárias no Ceará pode chegar a R$ 100 milhões

24 mar 2015 - 17h24
(atualizado às 17h30)

A Polícia Federal (PF) no Ceará desarticulou nesta terça-feira um esquema milionário de fraudes, aplicado em quatro agências bancárias da Caixa Econômica Federal, em Fortaleza. Uma organização criminosa fraudava contratos de financiamentos e empréstimos usando documentos falsos e empresas de fachada.

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A princípio, o prejuízo causado pela quadrilha está calculado em R$ 20 milhões, mas há estimativas de que o rombo nos cofres da Caixa possa chegar a R$ 100 milhões. A operação conta com 150 policiais, que cumprem 56 mandados judiciais contra 31 acusados, entre empresários e servidores do banco.

Agência da Caixa Economica Federal no Rio de Janeiro.
Agência da Caixa Economica Federal no Rio de Janeiro.
Foto: Pilar Olivares (REUTERS - Tags: POLITICS BUSINESS) / Reuters

As investigações constataram que o grupo criminoso começava as fraudes a partir da abertura de empresas de fachada, que eram beneficiadas com empréstimos bancários. Depois, falsificavam documentos para conseguir financiamentos. Aliado a isso, segundo o superintendente regional da PF no Ceará, Renato Casarini, os servidores envolvidos deixavam de verificar a documentação necessária para conceder as cartas de crédito, uma das instruções básicas de segurança da Caixa.

“Eles ignoravam as regras de segurança e aprovavam a concessão do financiamento sem a apresentação das garantias legais. Algumas fraudes eram bem visíveis, e já haviam sido constatadas em auditoria da Caixa, e aí nós fomos chamados”, explicou.

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A PF apreendeu diversos bens dos envolvidos no esquema, entre eles quantias em dinheiro e veículos de luxo. A Justiça determinou o bloqueio e a indisponibilidade dos bens das pessoas investigadas na operação. Os acusados estão na sede da PF em Fortaleza, prestando depoimento. Eles podem responder por crimes como associação criminosa, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva, estelionato e evasão de divisa.

Agência Brasil
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