PF mira operadoras de telefonia em nova fase da Lava Jato

10 dez 2019 - 08h44
(atualizado às 09h35)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (10) uma nova fase da operação Lava Jato que tem como objetivo investigar fraudes em contratos celebrados por grandes companhias de telefonia, internet e TV por assinatura atuantes no país e no exterior, em nova apuração relacionada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou a corporação em nota.

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Recife
17/11/2019
REUTERS/Adriano Machado
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Recife 17/11/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A nova fase, a 69ª da operação determinada pela Justiça Federal de Curitiba (PR), cumpre 47 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e no Distrito Federal, e envolve cerca de 200 policiais federais, com o apoio de 15 auditores fiscais da Receita Federal, disse a PF.

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A PF não informou quais empresas estão sob investigação, mas complementou que a nova fase tem relação com a 24ª etapa da operação, deflagrada em março de 2016, que levou à condução coercitiva o ex-presidente Lula.

A Operação Mapa da Mina tem como foco principal a apuração de crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, tráfico de influência internacional e lavagem de dinheiro envolvendo contratos e/ou acertos suspeitos que geraram repasses milionários a grupo econômico integrado por pessoas físicas e jurídicas investigadas na 24ª fase da operação, disse a PF.

As evidências, conforme a PF, são de que os serviços contratados pelo citado grupo econômico nos principais casos foram realizados em patamares ínfimos ou não foram prestados, apesar dos pagamentos recebidos integralmente. O montante dos repasses apurado até o momento chega a 193 milhões de reais, ocorridos entre 2005 e 2016.

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