A Pfizer apresentou ao governo federal uma proposta de comercialização da vacina contra covid-19 que permitiria a vacinação já no primeiro semestre do ano que vem de milhões de pessoas no país.
"A Pfizer fez uma proposta ao governo brasileiro, em linha com os acordos que temos fechado em outros países, inclusive na América Latina, que permitiria vacinar alguns milhões de brasileiros no primeiro semestre, sujeita à aprovação regulatória", disse a Pfizer Brasil em comunicado divulgado nesta quarta-feira.
Não foram divulgados os valores relacionados à proposta no comunicado.
Mais cedo, Pfizer Inc informou que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para covid-19 mostram que o imunizante é 95% eficaz. A empresa acrescentou ter dados de segurança exigidos referentes a dois meses e que solicitaria autorização para uso emergencial nos Estados Unidos em alguns dias.
Na véspera, autoridades e técnicos do Ministério da Saúde haviam recebido a visita de executivos da Pfizer. A pasta tinha ainda informado que deve comprar o imunizante da farmacêutica dos EUA à medida que os ensaios clínicos apontarem "total eficácia e segurança" dos insumos e após o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No comunicado desta quarta, a Pfizer disse que, no caso do Brasil, a farmacêutica vai trabalhar em parceria com a Anvisa para fornecer todos os dados necessários para avaliação.
"O pedido de aprovação do registro no país dependerá da submissão de dados de eficácia de segurança, que deverão ser considerados aceitáveis pela Anvisa", destacou.
A companhia disse ainda que elaborou um plano logístico detalhado com ferramentas "para apoiar o transporte eficaz, armazenamento e monitoramento contínuo da temperatura da potencial vacina contra a covid-19".
"Para isso, foi desenvolvida uma embalagem especial (em formato de caixa) com temperatura controlada, fácil de transportar e manipular, que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada, de - 75° C (± 15° C) por até 15 dias", completou.
Até o momento, o governo do presidente Jair Bolsonaro vinha apostando principalmente na vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca, e já assinou um acordo para a compra do imunizante e futura transferência de tecnologia para produção nacional pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).