PGR pede ao STF investigação sobre atos antidemocráticos de domingo, incluindo o que Bolsonaro participou

20 abr 2020 - 14h24

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar a organização de atos antidemocráticos realizados no país na véspera que pediram o fechamento do Congresso Nacional e do STF, um dos dos quais contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro participa de manifestação no domingo
19/04/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Bolsonaro participa de manifestação no domingo 19/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O presidente não é alvo do inquérito que corre sob segredo de Justiça, explicou a PGR. O caso foi remetido ao STF porque os atos teriam contado com a participação de deputados federais, que detém foro privilegiado na corte.

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Segundo nota da assessoria de imprensa da PGR, a investigação visa apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional. Uma das pautas de parte dos manifestantes era a reedição do AI-5, o ato institucional que endureceu o regime militar no país.

"O Estado brasileiro admite única ideologia que é a do regime da democracia participativa. Qualquer atentado à democracia afronta a Constituição e a Lei de Segurança Nacional", afirmou o procurador-geral, Augusto Aras, segundo a nota.

Nesta manhã, Bolsonaro disse que as reivindicações do protesto eram povo na rua e volta ao trabalho.

O presidente alegou que todo movimento tem "infiltrados", apesar de manifestantes que estavam no ato em que ele discursou no domingo carregarem faixas pedindo intervenção militar, o fechamento do Supremo e do Congresso e um novo AI-5.

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