Detido estaria no carro de onde foram efetuados disparos contra a vereadora. Prisão, no entanto, não ocorreu por esse homicídio. Política carioca e seu motorista foram assinados a tiros no Rio há quatro meses.A polícia do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira (24/07) um dos suspeitos de estar no carro de onde partiram os disparos contra a vereadora Marielle Franco (PSOL). Ela e o motorista que a conduzia, Anderson Gomes, foram assinados a tiros há quatro meses.
O suspeito detido é o PM reformado Alan de Morais Nogueira, conhecido como Cachorro Louco. Ele foi detido em sua casa, em Olaria, na zona norte do Rio. Segundo o jornal O Globo, ele foi preso por envolvimento em outro caso.
Além de Nogueira, a polícia prendeu o ex-bombeiro Luis Cláudio Ferreira Barbosa. Ambos são suspeitos de fazer parte de uma quadrilha de milicianos que seria chefiada pelo ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando da Curicica.
Nogueira e Barbosa são acusados pelos homicídios de um policial ativo e outro aposentado na Baixada Fluminense, em fevereiro de 2017. Apontado como mandante dos crimes, Araújo está preso e também é investigado pelas autoridades por supostas ligações com o assassinato de Marielle.
Segundo O Globo, a informação da participação de Nogueira e Barbosa nos assassinatos dos policiais foi dada pelo mesmo delator que apontou Nogueira como uma das pessoas que estava no carro dos executores de Marielle.
A testemunha-chave no caso também afirmou que presenciou conversas entre o vereador Marcelo Siciliano (PHS) e Araújo, nas quais teria sido discutido o assassinato da vereadora. Ambos, assim como Nogueira, negam envolvimento no crime. O homicídio de Marielle teria sido cogitado desde junho de 2017, quando ela começou a promover ações comunitárias na zona oeste do Rio.
Marielle, de 38 anos, e Anderson, de 39, foram assassinados em 14 de março no bairro do Estácio, região central do Rio, quando saíam de um evento no qual a vereadora palestrava. O carro foi alvejado por vários disparos, dos quais quatro atingiram a cabeça de Marielle.
As investigações sobre o crime - que levou multidões às ruas no mundo todo para manifestar solidariedade e cobrar explicações - seguem sob sigilo, embora uma série de informações tenha sido revelada pela imprensa brasileira.
Além de defender os direitos das mulheres e a inclusão social, Marielle criticava também a violência policial e milícias.
CN/efe/ots
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