Acusados de matar e queimar família no ABC paulista em 2020 são condenados a mais de 50 anos de prisão

Entre os condenados, está a filha das vítimas e a então namorada dela. No total, as sentenças somam 192 anos

14 jun 2023 - 11h56
(atualizado às 12h03)
Foto: Reprodução: Redes Sociais

Três pessoas acusadas de roubar, assassinar e incendiar uma família em Santo André, no ABC Paulista, foram condenadas pela Justiça a cumprir penas em regime fechado. No total, as sentenças somam 192 anos de prisão. A sentença foi divulgada durante a madrugada desta quarta-feira, 14. 

O crime ocorreu em janeiro de 2020 e resultou nos assassinatos de Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40 anos, e do filho deles, Juan Victor Gonçalves, de 15 anos.

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Anaflávia Martins Gonçalves, filha do casal, e sua então namorada Carina Ramos de Abreu foram acusadas de participação no crime. Ambas receberam condenações relacionadas ao caso.

No entanto, Anaflávia foi condenada apenas pelo assassinato de seus pais, não sendo responsabilizada pelo homicídio de seu irmão.

Ao todo, o Ministério Público acusou 5 pessoas pelos crimes de roubo, homicídio doloso qualificado (com motivos torpes, uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas), ocultação de cadáver e associação criminosa.

Na quarta-feira, foram proferidas sentenças pela Justiça para apenas 3 dos acusados. Além de Anaflávia e Carina, Guilherme Ramos da Silva também foi condenado por sua participação nos assassinatos.

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Os irmãos Juliano e Jonathan Ramos, outros dois réus envolvidos no caso, terão seus julgamentos marcados para o mês de agosto. Os condenados estão presos e não poderão recorrer da decisão em liberdade.

Relembre o caso

Os 5 réus foram filmados pelas câmeras de segurança ao entrar e sair da residência onde as 3 vítimas viviam, localizada em um condomínio fechado em Santo André. O casal e o filho foram assassinados no local em 27 de janeiro de 2020, sofrendo golpes na cabeça.

Os corpos foram descobertos apenas no dia seguinte, totalmente carbonizados, dentro do veículo da família, em uma área de mata situada em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André.

De acordo com a acusação do Ministério Público, 3 homens armados (Juliano, Jonathan e Guilherme) invadiram a residência com a colaboração de Anaflávia e Carina.

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Segundo as investigações, os 5 réus tinham a intenção de roubar uma quantia de R$ 85 mil que supostamente estaria guardada em um cofre. No entanto, diante da ausência do dinheiro, eles optaram por roubar pertences das vítimas e cometer os assassinatos.

"As rés Anaflávia e Carina agiram por cobiça, pretendendo alcançar o patrimônio das vítimas. Quanto aos acusados Jonathan, Juliano e Guilherme, a prova oral indica que agiram mediante promessa de recompensa", escreveu o juiz Lucas na decisão de 2021, que levou os acusados a júri.

Durante a reconstituição do caso, os investigados confessaram seu envolvimento no assalto, porém divergiram em relação à autoria dos assassinatos da família e à incineração do veículo.

Anaflávia e Carina acusam Juliano e Jonathan de serem responsáveis pela morte da família e pela queima do carro em que as vítimas estavam.

Por outro lado, Juliano e Jonathan acusam Carina de ter assassinado os empresários e o adolescente e, posteriormente, incendiado os corpos.

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Guilherme, vizinho dos irmãos Ramos, afirma que Juliano tinha a intenção de matar o casal e o filho. A defesa de Guilherme argumenta que ele teria tido um papel mais direto no assalto, não nos assassinatos.

Fonte: Redação Terra
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