Um dos adolescentes envolvidos no crime de estupro coletivo de uma garota de 12 anos na Baixada Fluminense apresentou-se à polícia hoje (9), na presença da mãe. O adolescente foi esta manhã à 28ª Delegacia de Polícia de Campinho, zona norte, de onde foi encaminhado à Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) para prestar depoimento. A delegada Juliana Emerique de Amorim, titular da DCAV disse esperar que a apresentação voluntária do rapaz encoraje os quatro outros envolvidos no crime a se entregar.
"Essa mãe veio aqui com muita coragem para apresentar esse adolescente, e conclamamos os outros responsáveis que sintam essa mesma responsabilidade com seus filhos que estejam envolvidos que procurem a unidade mais próxima da delegacia ou à própria DCAV", disse a delegada. "Ele ainda está sendo ouvido, pois há vários detalhes que ele ainda está apresentando", acrescentou a policial sobre o depoimento que começou às 14h.
A delegada garantiu que todos os direitos dos adolescentes infratores serão respeitados, bem como a proteção integral, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ao final do depoimento, a Justiça definirá o destino do rapaz. "A análise desse conjunto probatório se faz necessária. Temos que depurar todas as informações, estamos em reunião de equipe para fazer toda uma avaliação, não só com o promotor, como também com o juiz."
Juliana Emerique informou que uma série de diligências foram feitas ao longo do dia e potenciais locais do crime, identificados.
Ontem (8), a vítima passou por entrevista investigativa, fez exame de corpo de delito e recebeu coquetel de remédios para tentar evitar contágio por doenças sexualmente transmissíveis.
A polícia criou um grupo para analisar mensagens de Facebook e outras redes sociais para monitorar comentários sobre o caso e analisar se há algum tipo de ameaça à vítima.
A adolescente e a família dela foram incluídos no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM). Eles foram encaminhadas para um local sigiloso e receberão assistência jurídica, social e psicológica.
O crime começou a ser investigado na última sexta-feira (5) depois que uma tia da menina levou o caso à DCAV. O crime foi gravado pelos agressores e postado no Facebook. No vídeo, quatro homens mantêm relação sexual com a garota, além da pessoa que grava as cenas.