Advogadas são presas por forjar laudos de contaminação por Césio-137 para obter isenção do IR

Um PM da reserva também foi preso, e outros cinco advogados e oficiais da PM estão sendo investigados

13 out 2024 - 23h19
(atualizado às 23h59)
Advogadas são presas suspeitas de participar de esquema de fraudes para obter benefícios com laudos forjados de contaminação por Césio 137
Advogadas são presas suspeitas de participar de esquema de fraudes para obter benefícios com laudos forjados de contaminação por Césio 137
Foto: Reprodução/TV Globo

As advogadas Ana Laura Pereira Marques e Gabriela Nunes Silva foram presas suspeitas de participar de um esquema que forjava laudos médicos para obter isenção do Imposto de Renda, em Goiás. Com os documentos falsos, os clientes enganavam o sistema fingindo ter uma doença grave por contaminação de Césio-137, o maior acidente radiológico do País, que aconteceu em Goiânia, capital do Estado, em 1987. 

De acordo com reportagem exibida no Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 13, nos últimos dois anos, a Justiça recebeu cerca de 80 ações com o pedido de isenção de IR, todas em nome de policiais militares e bombeiros aposentados de Goiás e Tocantins. Junto com os pedidos, os suspeitos protocolaram processos fraudulentos alegando doenças como AIDS e cardiopatia, que supostamente teriam desenvolvido após exposição ao material radioativo. 

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Segundo o delegado responsável pelo caso, Leonardo Dias Pires, as suspeitas cobravam 30% dos valores retroativos e, num segundo momento, o valor referente a três isenções do imposto. Dos processos investigados pelas autoridades, em 18, aparece uma mesma clínica, que seria responsável por fazer os exames falsos.  

Ana Laura, que é acusada de entrar com a maioria das ações, está em prisão domiciliar, e Gabriella Nunes Silva responde em liberdade. Além delas, um PM reformado, suspeito de captar clientes para o esquema, também foi preso. Outros cinco advogados e oficiais da PM estão sendo investigados. 

O Estado de Goiás exige a devolução do dinheiro dos beneficiados suspeitos de participarem do crime, que causou um prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres públicos. No entanto, ao programa, eles alegam que não sabiam do esquema. 

Fonte: Redação Terra
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