Amigos de dançarino morto fazem manifestação em Copacabana

Trânsito está complicado no local e há desvios e retenções em algumas ruas

24 abr 2014 - 16h54
(atualizado às 17h49)
O corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, encontrado morto na última terça no morro Pavão-Pavãozinho, é velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo
O corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, encontrado morto na última terça no morro Pavão-Pavãozinho, é velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Moradores do morro Pavão-Pavãozinho, na zona sul da capital fluminense, fizeram nesta quinta-feira uma passeata até o Cemitério São João Batista, onde o corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira foi velado. No trajeto até o cemitério, que fica em Botafogo, também na zona sul do Rio, o grupo recebeu aplausos da população. Após o enterro do dançarino, os manifestantes ocuparam ruas e o trânsito na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana, na zona Sul do Rio, chegou a ser interditado nas proximidades da Rua Sá Ferreira.

A partir das 17h40, foi totalmente liberado o trânsito no Túnel Prefeito Sá Freire Alvim e na Rua Barata Ribeiro. A Avenida Nossa Senhora de Copacabana também já está liberada ao tráfego, e há apenas carros da polícia em uma faixa.No momento, o trânsito é lento nas avenidas Atlântica, Princesa Isabel e Nossa Senhora de Copacabana.. Homens da CET-Rio orientam os motoristas e o policiamento foi reforçado no local.

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Princípio de tumulto

Houve um princípio de tumulto, quando os manifestantes jogaram pedras em direção a policiais militares e em carros na Rua Sá Ferreira. PMs do 19º Batalhão de Polícia Militar revidaram jogando bombas de gás lacrimogêneo. Com medo, comerciantes fecharam as portas temporariamente. 

Policiais militares acompanharam a passeata e um grupo de PMs ficou posicionado na porta do cemitério. A técnica de enfermagem Maria de Fátima Silva, mãe do jovem, pediu que o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, garanta justiça nas investigações do crime. O jovem foi encontrado morto em uma creche no Pavão-Pavãozinho na última terça-feira.

"Eu quero justiça. Vou tomar para mim a bandeira do meu filho. Vou à Anistia Internacional, vou viajar para mostrar isso a todo o Brasil. Ele não vai ficar no esquecimento, não vai virar mais uma estatística, porque eu estou aqui para lutar", desabafou.

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Em entrevista à imprensa ontem, Beltrame disse que está acompanhando as investigações sobre o caso. "Vamos acompanhar com todo o rigor, apresentar [os resultados] à sociedade com toda transparência. E quero pressa nessas investigações, porque isso é fundamental para que nós continuemos esse trabalho (da polícia pacificadora), que hoje atende a 9 milhões de pessoas, com 9 mil policiais que estão em áreas historicamente dominadas pelo tráfico."

Agência Brasil
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