A Polícia Militar anunciou que reforçará os cercos policiais em Santa Catarina nas próximas horas, para evitar a ocorrência de novos atentados. A decisão foi tomada após a madrugada desta quinta-feira, que foi a mais violenta desde o reinício dos ataques, na última sexta.
Três ônibus e sete carros foram incendiados, além de disparos terem sido efetuados contra guarita localizada na sede do governo de Santa Catarina, em plena rodovia SC 401. Foram registrados ataques em Blumenau, Itajai, Joinville e Florianópolis nas últimas horas.
No total, já são 55 ataques em sete dias. As equipes de inteligência ainda buscam os motivos que possam ter ocasionado o “salve geral” - termo usado pelos presidiários e que significaria a ordem para a realização de atos de vandalismo.
Na tarde desta quinta, a prefeitura da capital catarinense realiza mais um encontro com empresários e trabalhadores. Pelo terceiro dia consecutivo, os ônibus não irão circular após as 19h. A suspensão das aulas noturnas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e na UDESC também será aplicadas nesta quinta.
A situação vem gerando apreensão nos moradores que precisam trabalhar durante a noite. Algumas empresas estão alugando vans para que os funcionários sejam transportados para casa, como é o caso de Denise Silvestrin, 28 anos, que trabalha em um supermercado no centro da cidade.
Segundo ela, a empresa antecipou a saída dos trabalhadores em 30 minutos e providenciou transporte. “Como não há ônibus, eles nos levam para casa. Mas ficamos todos com medo quando passamos pela Via Expressa Sul ou próximo aos postos policiais”, disse. “Tem muita gente que não foi trabalhar”.
