'Aprendemos a ficar de boca calada', diz moradora da Maré
Dona Maria José Pereira, há 50 anos vivendo na comunidade Nova Holanda, no complexo da Maré, já foi baleada por traficantes e, ainda assim, negou tudo em depoimento com medo de represálias
Enquanto mais de mil policiais desembarcavam ao longo das 15 favelas que formam o complexo da Maré, Dona Maria José Pereira, 66 anos, aposentada, varria a calçada de casa em aparente tranquilidade na comunidade Nova Holanda, um dos redutos do tráfico de drogas e onde há 50 anos ela chegou com o marido, Manoel Pereira, vinda de Nova Cruz, no interior do Rio Grande do Norte.
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Nesta mesma calçada, há um ano, ela teve a pior experiência de quem vive em comunidades dominadas pelo poder paralelo no Rio de Janeiro: foi baleada na perna por um traficante da região. Levada às pressas a um hospital de Bonsucesso, também na zona norte, ouviu do médico que “você teve a maior sorte do mundo, poderia ter atingido sua veia femoral. Você teria, nesse caso, cinco minutos de vida apenas”.
“Mas você acha que eu denunciei? Fui dar o depoimento e neguei tudo, disse que não sabia de nada”, afirmou, antes de dar a explicação contundente. “Aqui nós aprendemos a ficar de boca calada”. É desta forma que a maioria dos moradores reagem a qualquer abordagem de jornalistas dentro do processo de pacificação da região – após este primeiro momento, o Exército assumirá o local até a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Ela não se deixa fotografar, tampouco mostrar o rosto em depoimentos em vídeo, mas aceitou falar com a reportagem do Terra para relembrar sua história junto do marido quando ambos deixaram o Nordeste em busca de uma nova vida. “Isso tudo aqui começou lá pela década de 80. Mas é aquela coisa, eu não posso ficar falando com vocês, ninguém sabe como vai ser o dia de amanhã”, resumiu.
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Cerca de um mês após ser baleada "logo após colocar o pé para fora de casa", a idosa disse que recebeu a notícia de que o próprio poder paralelo da favela Nova Holanda, reduto da facção Comando Vermelho, tratou de matar o homem que teria sido o responsável pelo tiro que quase tirou-lhe a vida. "É uma pena vivermos dessa forma, com tanta violência".
O marido, seu Manoel, consente com a cabeça e relembra as dificuldades da chegada ao local. “Isso aqui era só barraco de madeira e lama, muita lama. Hoje eu tenho esse sobrado, moramos com nossos dois filhos aqui do lado e espero que agora com um pouco mais de paz. Quem sabe, né”, resumiu o pedreiro aposentado e esperançoso.
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Reduto do crime organizado do Rio de Janeiro, o complexo de favelas da Maré foi ocupado nas primeiras horas deste domingo pelas forças de segurança do Estado
Foto: Maurício Soares
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O complexo fica na zona norte da capital fluminense
Foto: Maurício Soares
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A região compreende 15 favelas no total, com aproximadamente 130 mil moradores
Foto: Maurício Soares
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Os primeiros blindados começaram a entrar no complexo ainda na madrugada
Foto: Maurício Soares
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Blindado chega ao complexo da Maré na madrugada deste domingo
Foto: Maurício Soares
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Blindado passa por via estreia no complexo da Maré
Foto: Maurício Soares
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Início da ocupação no Complexo de Favelas da Maré
Foto: Bope
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O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, conversou com a tropa antes da ocupação.
Foto: Bope
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Ao todo, 1.180 policiais militares de várias unidades participam da operação
Foto: Bope
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Reunião final dos policiais do Bope antes da ocupação
Foto: Bope
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A Força de Segurança também apreendeu uma grande quantidade de maconha, suficiente para lotar uma picape da Polícia Federal, escondida em um buraco na sede da Vila Olímpica da Maré
Foto: Mauro Pimentel
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Armado com fuzil, policial inicia ocupação na Maré
Foto: Mauro Pimentel
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As tropas não enfrentaram resistência, segundo a PM
Foto: Mauro Pimentel
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A retomada do local durou cerca de 15 minutos
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Policiais civis e militares participam da ação
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Polícia pede para que moradores andem com documentos
Foto: AP
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: AP
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Blindados já tomavam conta do local no amanhecer
Foto: AP
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Logo nas primeiras horas, policiais encontraram drogas e prenderam suspeitos
Foto: Mauro Pimentel
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Policiais prenderam duas pessoas portando maconha em Nova Holanda
Foto: Bope
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Desembarque das tropas ainda na madrugada
Foto: Reuters
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Homens fortemente armados entraram no Complexo da Maré
Foto: Reuters
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Reuters
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Blindados ocupam as ruas do Complexo
Foto: Reuters
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Moradores observam a passagem de blindados da Marinha
Foto: Reuters
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Comércio abriu mesmo com a ocupação
Foto: Reuters
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Criança anda em cavalo da PM após ocupação do Complexo da Maré
Foto: PMRJ
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O telefone é 21-2253-1177 ou pelo 190 da Polícia Militar
Foto: Mauro Pimentel
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Neste processo de varredura, a secretaria de Segurança Pública pede para que os moradores utilizem o Disque-Denúncia para darem informações acerca dos locais onde possam estar escondidas armas e drogas, além de objetos roubados
Foto: Mauro Pimentel
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Policial bateu o pé no chão de terra atrás de algum possível fundo falso e descobriu, minutos depois, um tablete de aproximadamente 2 quilos de maconha
Foto: Mauro Pimentel
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A gente tem experiência, claro, mas tem que olhar tudo, disse ainda outro PM
Foto: Mauro Pimentel
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Cada comunidade é uma missão diferente. Mas aqui ainda é mais complicado, pois são muitas vielas. Veja onde estamos. Isso aqui tem um córrego passando embaixo, é escuro, então fica bem mais complicado de achar alguma coisa, revelou ainda outro policial militar
Foto: Mauro Pimentel
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Diferentemente de outras ocasiões, a extensão do complexo de favelas dificulta o trabalho dos policiais, além do fato da Maré ser antes ocupada por duas facções rivais do tráfico, e também por milicianos
Foto: Mauro Pimentel
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No processo de praxe no que envolve a ocupação das comunidades para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o Terra acompanhou uma guarnição do Choque
Foto: Mauro Pimentel
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Meu amigo, é como procurar agulha no palheiro, disse um dos policiais, que não quis se identificar
Foto: Mauro Pimentel
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Vila do Pinheiro, uma das 15 comunidades do Complexo da Maré, ocupado em definitivo pelas forças de segurança do Estado desde as primeiras horas deste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Por baixo do viaduto da Linha Vermelha, policiais do Batalhão de Choque, com pá e lanternas em mãos, faziam o processo de varredura do local atrás de armas e drogas
Foto: Mauro Pimentel
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Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Moradoras levam bolo para festa de 15 anos no dia da ocupação
Foto: Mauro Pimentel
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Até as 10h do domingo, a ação no Complexo da Maré contabilizou 118 prisões, sendo 105 presos na operação cerco e 13 presos durante a ocupação
Foto: Mauro Pimentel
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Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Hasteamento das bandeiras em praça marca a ocupação do complexo de favelas da Maré
Foto: Mauro Pimentel
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Grupo de moradores acompanha hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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O intuito da secretaria de Segurança Pública do Estado é abrir espaço para a entrada do Exército no local
Foto: Mauro Pimentel
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São mais de 120 mil pessoas recebendo de volta sua segurança, disse o tenente-coronel André Vidal, comandante do Batalhão de Choque
Foto: Mauro Pimentel
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Símbolo de paz, pomba branca é liberada por integrante da Cruz Vermelha
Foto: Mauro Pimentel
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Os PMs apreenderam munição, drogas, radiocomunicadores e coletes balísticos
Foto: Tânia Rêgo
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"É comum locais grandes, como o São Carlos, a Maré e o Complexo do Alemão apresentarem a rivalidade entre facções. Mas, aqui na Maré, por ser uma área plana e não ter barreira geográfica, o confronto parece ser mais contundente", disse o coronel
Foto: Tânia Rêgo
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Para o comandante Vidal, a Maré é um caso em que o confronto entre facções rivais acaba se tornando mais intenso
Foto: Tânia Rêgo
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"Ontem, estávamos com 168 homens, e hoje estamos com uma média de 150. A diferença é só por conta da logística, para a montagem das estruturas, mas o efetivo é o mesmo, com turnos de 24 horas que se revezam. O Choque está todo aqui", disse o coronel André Vidal, comandante do Batalhão de Choque
Foto: Tânia Rêgo
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Um dia depois da ocupação do conjunto de favelas, os moradores do Complexo da Maré dizem estar mais seguros com o patrulhamento feito por dois batalhões da Polícia Militar (PM)
Foto: Tânia Rêgo
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Nas vielas e ruas das 16 comunidades do complexo, garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), técnicos da Companhia Municipal de Energia e Iluminação (Rioluz) e agentes comunitários de saúde mapeavam nesta segunda-feira as necessidades mais prementes dos moradores, com vistas ao atendimento imediato
Foto: Tânia Rêgo
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A permanência das forças de segurança deu início a um mutirão da prefeitura do Rio de Janeiro, que mobilizou algumas de suas secretarias para atender a demandas acumuladas nos últimos anos
Foto: Tânia Rêgo
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Primeiro dia útil após a ocupação pelas forças de segurança do Estado nas favelas do Complexo da Maré
Foto: Tânia Rêgo
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Também foram recolhidos três tabletes de maconha e dois radiotransmissores
Foto: Polícia Civil
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu nesta terça-feira 720 munições durante uma operação no Complexo da Maré, ocupado por forças de segurança desde o último domingo
Foto: Polícia Civil
Ocupação da Maré
Reduto do crime organizado do Rio de Janeiro, o complexo de favelas da Maré, na zona norte da capital fluminense, foi ocupado nas primeiras horas deste domingo pelas forças de segurança do Estado no primeiro passo para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região que compreende 15 favelas no total, com aproximadamente 130 mil moradores.
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Segundo a Secretaria de Estado de Segurança, “as comunidades foram recuperadas pelas forças policiais sem encontrar resistência, o que permitiu o domínio dos pontos planejados dos territórios em 15 minutos”. Policiais continuam nas comunidades em operações de busca de criminosos, apreensões de armas, drogas e objetos roubados.
Participam da operação 1.180 policiais militares de várias unidades, entre elas o Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), além de policiais da Corregedoria Interna da PM. O Bope ocupa as favelas Nova Holanda e Parque União, enquanto que o Batalhão de Choque as outras 13 favelas. Da Polícia Civil, o efetivo no local é de 132 pessoas. Uma base móvel do Instituto Félix Pacheco está instalada no 22º BPM (Maré) para fazer a identificação biométrica de suspeitos.
Além disso, os policiais militares usam 14 blindados disponibilizados pela Marinha e um blindado do Batalhão de Polícia de Choque. Agentes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal e do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal apoiam a operação.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, as comunidades que fazem parte do Complexo da Maré e serão ocupadas são: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque União, Parque Rubens Vaz, Nova Holanda, Parque Maré, Conjunto Nova Maré, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Novo Pinheiros (Salsa&Merengue), Vila do João e Conjunto Esperança.
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O intuito da secretaria de Segurança Pública do Estado é abrir espaço para a entrada do Exército no local, que a exemplo do que ocorreu no complexo de favelas do Alemão, fará a ocupação do local até que o efetivo da Polícia Militar forme o novo efetivo para atuar na Maré – o acordo foi feito junto com ao Ministério da Justiça por intermédio do secretario José Mariano Beltrame e o governador Sérgio Cabral.