O estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, 27 anos, que confessou ter matado o cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni, em março de 2010, deve ser liberado da clínica psiquiátrica em que está internado e voltar para casa em breve. Segundo a juíza Telma Aparecida Alves, que acompanha o processo, a alta médica de Cadu "é um fato", pois ele teve "evolução positiva" no tratamento psiquiátrico. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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Glauco e Raoni foram mortos na casa da família, em Osasco (SP), no dia 12 de março de 2010. Cadu, que era membro da Igreja Céu de Maria - cujos cultos eram realizados na casa de Glauco - foi preso dois dias depois, no Paraná, quando tentava fugir para o Paraguai. Em 2011, a Justiça considerou que Cadu não tinha consciência de suas atitudes e determinou que ele permanecesse internado, acatando um parecer do Ministério Público que dizia que o réu sofria de esquizofrenia paranoide. O estudante ficou em um complexo médico penal no Paraná até outubro de 2012, quando foi transferido para Goiânia, onde foi internado em clínicas vinculadas ao Programa de Atenção ao Louco Infrator (Paili). Segundo o advogado de Cadu em Goiás, Sérgio Divino Carvalho Filho, o jovem teve evolução no tratamento após a transferência. "Imagina um manicômio, sem cela, mas com grades. É onde ele estava antes. Como deixa de ser prisão, é outra perspectiva", afirmou.