Ato pede ações para conter homicídios na Baixada Fluminense

25 jul 2014 - 14h13
(atualizado às 14h15)

Manifestantes fizeram na manhã desta sexta-feira, no centro do Rio de Janeiro, um ato contra o aumento da violência na Baixada Fluminense. O protesto foi promovido pelo Fórum Grita Baixada, uma organização não governamental (ONG) criada em 2012 para discutir e exigir políticas públicas na área de segurança para o local.

Nos cinco primeiros meses deste ano, os assassinatos aumentaram 30% na região (chegando a 559 ocorrências) em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio de 2013, foram registrados 432 homicídios.

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Segundo o coordenador da ONG, Tião Santos, os criminosos da cidade do Rio de Janeiro têm migrado para a Baixada Fluminense, devido à instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em favelas cariocas. “Mas não é só isso. Um fenômeno que vem ocorrendo no Brasil é que o tráfico tem se mudado das capitais para cidades menores. E a Baixada Fluminense vem sofrendo muito com crimes como roubo a residência, roubo de veículos e homicídio, principalmente de jovens negros.”

Entre as propostas da ONG para a segurança da Baixada estão a criação de um programa de redução de assassinatos, a reestruturação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, o aumento do efetivo policial e a implantação de políticas integradas em saúde, educação, cultura, trabalho e renda nos territórios com maiores índices de assassinatos.

Na noite de quionta-feira, segundo a Polícia Militar, seis pessoas foram atingidas por tiros, sendo que quatro morreram e duas ficaram feridas, no bairro Éden, em São João de Meriti.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Segurança informou que, desde o ano passado, tem investido no policiamento na Baixada Fluminense. A secretaria espera que as companhias destacadas da Polícia Militar em Cabuçu (Nova Iguaçu), na Vila Ruth (São João de Meriti) e Chatuba (Mesquita), a UPP Mangueirinha e a Delegacia de Homicídios, inauguradas nos últimos meses, contribuam para a redução dos índices de criminalidade.

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Agência Brasil
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