A adolescente Maria Vitória dos Santos, de 15 anos, morta pelo comerciante Gilson Cruz, de 56 anos, chegou a narrar a rotina de violências que sofria na relação: "Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça, aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele", disse a menina em áudio exibido no Fantástico, da TV Globo, no domingo, 21.
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Maria Vitória foi morta a tiros no dia 14 de julho na cidade de Monteiro, na Paraíba. A polícia investiga se Gilson cometeu o crime de estupro de vulnerável, já que o relacionamento entre os dois começou quando Maria Vitória tinha 13 anos. O comerciante também teria dopado a menina e abusado sexualmente dela.
Outra suspeita é que Gilson mantinha relações com outras menores de idade. As adolescentes seriam aliciadas na padaria do comerciante, local onde Maria Vitória trabalhou quando tinha 13 anos.
A família da adolescente morta afirma que o comerciante tinha o hábito de convidar amigas de Maria Vitória, todas menores de idade, para festas com muito álcool.
Entenda o caso
Maria Vitória foi morta a tiros no dia 14 de julho por Gilson Cruz, na casa do comerciante. Ela vivia na casa de Gilson há 4 meses.
No dia do crime, os dois estavam bebendo sozinhos, quando começaram a discutir devido a uma brincadeira que Maria Vitória fez com Gilson. Após a discussão, o comerciante atirou contra a menina. A polícia chegou ao local do crime 12 horas depois, e encontraram a jovem morta.
Gilson Cruz foi preso horas depois do crime, em Brejo da Madre de Deus, no Pernambuco. Em 2019, ele chegou a ser condenado por lesão corporal dolosa contra a própria filha, à época adolescente. A Justiça chegou a determinar a prisão dele, mas a pena foi substituída por prestação de serviços comunitários.