Chegou a 25 o número de presos na operação 13 de Maio, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em municípios da Bahia. Nesta quarta-feira, se apresentaram seis suspeitos, entre eles os prefeitos das cidades de Fátima, José Idelfonso Borges dos Santos, e Sítio do Quinto, Cleigivaldo Carvalho Santarosa. Eles ficarão presos por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, para serem ouvidos pela PF. Quatro mandados de prisão ainda não foram cumpridos.
A operação começou na terça-feira e é resultado de uma investigação que indicou desvios de diversos programas, em especial do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Edução (Fundeb). Foram presos também ex-prefeitos, vereadores, secretários e servidores municipais.
Além de Fátima e Sítio do Quinto, foram constatadas irregularidades nos municípios de Heliópolis, Ipecaetá, Aramari, Banzaê, Ribeira do Pombal, Água Fria, Novo Triunfo, Itiruçu, Ourolândia, Santa Brígida, Paripiranga, Itanagra, Quijingue, Sátiro Dias, Coração de Maria, Cícero Dantas, Lamarão e São Francisco do Conde.
Os envolvidos responderão pelos crimes de responsabilidade, mau uso de recursos públicos, lavagem de dinheiro, peculato, organização criminosa, uso de documento falso e crimes previstos na Lei de Licitações.
Inicialmente, a PF acreditava que os desvios seriam de cerca de R$ 30 milhões e ocorreram entre 2009 e 2014. Contudo, documentos apreendidos na terça-feira indicam que o esquema funcionava desde 2001 e pode alcançar os R$ 70 milhões.
De acordo com a PF, o grupo usava empresas de fachada e laranjas contratados para a realização de serviços de engenharia, transporte escolar e realização de eventos sociais. Entre outras coisas, o grupo desviava parte do dinheiro que deveria ser pago, a título de gratificações, a professores do ensino fundamental.