'Bebi demais e fiz uma besteira enorme': amigos revelam últimas conversas do brasileiro desaparecido em Paris

Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, desapareceu durante um viagem à Paris

8 dez 2024 - 23h44
O fotógrafo Flávio de Castro Sousa desapareceu em área tranquila de Paris, cidade que também é afetada pela violência urbana
O fotógrafo Flávio de Castro Sousa desapareceu em área tranquila de Paris, cidade que também é afetada pela violência urbana
Foto: Reprodução

Amigos do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, que está desaparecido há 13 dias, revelaram neste domingo, 8, as últimas conversas que tiveram com o rapaz. O rapaz desapareceu em Paris, na França, no dia em que teria um voo de retorno para o Brasil.

A Interpol emitiu um alerta para 196 países sobre o sumiço de Flávio. Ele estava na capital francesa para fotografar o casamento de uma amiga, mas resolveu esticar a viagem até o dia 26 de novembro para curtir mais a cidade que ele tanto gostava. Ele é dono de uma agência especializada em fotografias de casamento juntamente com Lucien, seu amigo.

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Rafael Basso e Alexandre Callet, o Alex, são outros dois amigos de Flávio de Castro Sousa que vêm auxiliando as autoridades nas buscas pelo fotógrafo mineiro. Em uma troca de mensagens divulgada pelo Fantástico neste domingo, 8, novas informações sobre o caso vieram à tona.

Alex foi a última pessoa a ter contato com Flávio. O rapaz relatou ao francês que havia caido na Ilha dos Cisnes, no meio do Rio Sena, e ficou no aguardo de socorro por três choras. Ele foi resgatado por bombeiros e levado ao hospital, pois estava com hipotermina. Era 26 de novembro, o mesmo dia em que estava marcado o voo de retorno de Flávio para o Brasil.

Ao ser questionado pelo amigo sobre como tinha sido a queda, Flávio disse que não sabia. "Os bombeiros disseram que tive sorte de estar vivo. Não consegui sair da água. Fiquei muito tempo lá. Eu bebi demais e fiz uma besteira enorme", escreveu o fotógrafo. Ele continuou: "Me liberaram ao meio-dia, o horário do meu voo. Fui na imobiliária que me alugou o apartamento pra pedir ajuda. Quero ficar pelo menos um dia a mais até conseguir um novo voo".

Alex relatou que Flávio estava preocupado com a sua bagagem, que tinha ficado dentro do apartamento alugado por ele. O amigo disse que, qualquer problema que acontecesse, o fotógrafo poderia ficar na sua casa, mas ele respondeu: "Não se preocupe, eu me viro".

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Segundo Alex, o fotógrafo negociou com a imobiliária e conseguiu outro apartamento. A última mensagem de Flávio para o amigo foi: "Vou tentar dormir. Estou exausto". Alex estranhou a falta de contato do brasileiro no dia seguinte e ligou para ele diversas vezes, sem sucesso.

"Comecei a achar tudo muito bizarro. Voltei pro apartamento alugado, tentei digitar a senha da fechadura digital, mas não deu certo. Aí depois liguei pra imobiliária, e eles disseram: 'Olha, a gente não sabe onde ele tá. Mas um senhor que trabalha num restaurante atendeu o celular do Flávio'", relatou o francês. O restaurante era nas proximidades do Rio Sena, perto de onde Flávio caiu.

Alex foi quem entrou em contato tanto com Lucien, sócio do fotógrafo, quanto com Rafael, que mora em Paris. Os amigos procuraram o Consulado Brasileiro para relatar o sumiço do fotógrafo.

Rafael reforçou que eles estão em busca de acessar as câmeras de rua em Paris. "É uma das cidades mais vigiadas do mundo. E a gente fala desse lugar aqui, precisamente, porque o restaurante que o celular foi encontrado está desse lado. Então se houve alguma passagem do Flávio por aqui, a passarela toda é monitorada", explicou.

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No entanto, ele afirmou que o protocolo para abertura do processo para ter acessos as câmeras na França é "extremamente restrito". A Polícia Federal do Brasil também está acompanhando as investigações.

Fonte: Redação Terra
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