Bernardo tentou ligar para amiga antes de ser assassinado

8 mai 2014 - 11h40
<p>Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto dez dias depois de ter desaparecido</p>
Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto dez dias depois de ter desaparecido
Foto: Facebook / Reprodução

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, tentou ligar a cobrar para uma amiga da família antes de ser morto, segundo o inquérito policial. A quebra do sigilo telefônico do celular do menino mostra que foi a caminho de Frederico Westphalen (RS), onde seria morto e enterrado, que o menino fez o último pedido de socorro, provavelmente já sob efeito de sedativos. Bernardo tentou falar com Juçara Petry, a tia Ju,  a amiga que cuidava dele como se fosse um filho. As informações são do Jornal da Band.

De acordo com a investigação, antes de voltar a Três Passos, cidade onde morava, a madrasta Graciele Ugulini, presa por suspeita pela morte de Bernardo, dispensou a babá mais cedo por telefone, para evitar ser vista chegando em casa sem o menino. Em 4 de abril, quando ocorreu o assassinato, ela inventou que o garoto tinha ido dormir na casa de um colega.

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Na mesma noite do crime, o pai começou a ter atitudes suspeitas. O médico Leandro Boldrini, também preso pela morte e acusado de ser negligente com o filho, ligou quatro vezes para Bernardo naquele final de semana: na sexta, às 21h25; no sábado, às 18h30; e, no domingo, mais duas tentativas. Conforme o pai, o celular estava fora de área. No entanto, Leandro não telefonou para a casa do amigo onde o filho estaria.

Para os delegados responsáveis pelo inquérito,está provado que Leandro era um pai omisso, que nunca ligava ou averiguava onde estava o menino. Eles afirmam que o médico falou para uma ex-empregada, e a mãe do amigo na casa onde o menino deveria estar, que Bernardo tinha deixado o celular em casa. "Por que então o pai passou o final de semana ligando para o menino?", questionam os investigadores. O aparelho do garoto ainda não foi localizado.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos (RS), depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo. O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen (RS), dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico.

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Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime. Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal. Os três se encontram temporariamente presos.

Fonte: Terra
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