O gremista Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, confidenciava a amigos um sonho, mesmo sem ligar muito para futebol: que o pai o levasse a assistir um jogo na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O médico Leandro, preso junto com a mulher Graciele pelo assassinato do menino, nunca realizou o desejo do menino. Workaholic assumido, o pai nunca tinha tempo para o filho e não esteve presente nem na primeira comunhão do garoto. No dia, Boldrini e Graciele viajaram, e Bernardo foi socorrido emocionalmente pelas “tias” Andréia Oliveira Küntzell e Nelda Maria e pelo casal de empresários José e Juçara Petry. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.
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Quando o pai de Bernardo sofreu um acidente de moto, os Petry chegaram a ficar com o menino por um mês. Nos últimos meses, Bernardo confidenciara a eles estar feliz com a promessa, feita por Boldrini, de lhe dar mais atenção e de, finalmente, poder brincar com a meia-irmã – algo que estava proibido de fazer, pela madrasta.
Além do casal, a assistente social Edelvânia Wirganovicz também foi presa por envolvimento na morte de Bernardo. O menino foi encontrado morto em uma cova no interior de Frederico Westphalen no dia 14 de abril, 10 dias depois de ter desaparecido da casa onde morava com o pai e a madrasta, em Três Passos (RS).
A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que Graciele tenha decidido matar Bernardo porque via nele um concorrente pelo R$ 1,5 milhão em bens do médico e, também, porque uma pensão poderia ser um estorvo nas pretensões financeiras da madrasta – uma pessoa ambiciosa, definem amigos e inimigos dela. Edelvânia, amiga de Graciele, teria recebido uma quantia para ajudar no assassinato - fala-se em R$ 80 mil -, mas ela nega.
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Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril, foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS)
Foto: Facebook
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Na mesma noite em que corpo foi encontrado, o pai e a madrasta do menino foram presos por suspeita de envolvimento na morte
Foto: Facebook
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Assistente social Edelvânia Wirganovicz está presa e confessou ter participado do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos
Foto: Facebook
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Bernardo morava com o pai, a madrasta e a meia-irmã de 1 ano em Três Passos (RS)
Foto: Facebook
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A avó materna, que acusa pai e madrasta, com o menino Bernardo
Foto: Facebook
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Certidão de óbito de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, diz que ele morreu no dia em que desapareceu, 4 de abril
Foto: Jader Benvegnú
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Depois do velório em Três Passos (RS), cidade onde Bernardo morava com o pai e a madrasta, o corpo do menino seguiu para Santa Maria (RS), onde familiares e amigos se despedem na capela 3 do Hospital de Caridade
Foto: Jader Benvegnú
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Brinquedos, fotografias, cartazes e flores foram colocados no entorno do caixão de Bernardo
Foto: Jader Benvegnú
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Amigos fizeram uma faixa em homenagem ao menino: "nosso anjo"
Foto: Jader Benvegnú
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Velório de Bernardo foi marcado por muita emoção em Santa Maria (RS)
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, chega para o velório de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, na capela 3 do Hospital de Caridade de Santa Maria (RS)
Foto: Jader Benvegnú
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Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna de Bernardo, Jussara Marlene Uglione, 73 anos, acompanhou o enterro do neto
Foto: Jader Benvegnú
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Dezenas de pessoas acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Jader Benvegnú
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Bernardo foi enterrado junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú
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Amigos e familiares acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini na manhã desta quarta-feira
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, deixa o Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) após o enterro do neto Bernardo
Foto: Jader Benvegnú
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Comunidade de Três Passos (RS) fez nesta terça-feira uma nova passeata pedindo Justiça no caso da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Felipe Franke
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Alzira Pretto (direita) era vizinha de Bernardo e defendeu a permanência dos suspeitos na cadeia: "se a Justiça soltar, a gente vai fazer justiça com as próprias mãos", ameaçou
Foto: Felipe Franke
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Passeata reuniu pais, vizinhos, conhecidos e colegas do menino Bernardo
Foto: Felipe Franke
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Caminhada começou na praça Remeu Geraldino Mertz, passou pelo Fórum e terminou em frente à casa onde o menino morava
Foto: Felipe Franke
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Uma das testemunhas disse que é muito difícil cavar onde o corpo foi encontrado
Foto: Felipe Franke
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É uma terra dura, com muitas raízes de árvore. É muito difícil de cavar, disse um policial militar aposentado que denunciou à Polícia Civil a presença do carro do irmão da assistente social Edelvânia Wirganovicz próximo ao local
Foto: Felipe Franke
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Dois dias depois do crime, o militar encontrou Edelvânia no local. Questionada, sobre o que fazia ali, ela disse que parou para molhar os pés em um rio próximo junto com uma sobrinha que estava com ela
Foto: Felipe Franke
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Menino Bernardo foi enterrado em uma cova no interior de Frederico Westphalen
Foto: Felipe Franke
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Local recebeu flores e uma cruz foi colocada
Foto: Felipe Franke
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Cova onde o corpo do menino Bernardo foi enterrado tem cerca de um metro de profundidade
Foto: Felipe Franke
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Militar disse que duvida que uma mulher, mesmo com equipamento adequado, tivesse força muscular suficiente para cavar um buraco no local
Foto: Felipe Franke
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Homenagens foram colocadas no local onde corpo de Bernardo foi enterrado
Foto: Felipe Franke
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Em coletiva, delegada explica indiciamento do pai e da madrasta de Bernardo
Foto: Felipe Franke
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Inquérito da Polícia Civil indiciou pai, madrasta e amiga pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos,
Foto: Polícia Civil
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Através da grade e dos cartazes, amigas olham a casa onde Bernardo vivia
Foto: Felipe Schroeder Franke
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Passeata pediu justiça à véspera de um mês da descoberta do corpo do menino, encontrado no dia 14 de abril
Foto: Felipe Schroeder Franke
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Imagem da Polícia Civil durante apresentação das conclusões e deliberações do inquérito
Foto: Felipe Schroeder Franke
Sistema prisional do Brasil
Como o apenado tem direito à progressão de pena? Tire essa e outras dúvidas a seguir.
Fonte: Terra