Bernardo tinha sonho de conhecer a Arena do Grêmio com o pai

20 abr 2014 - 10h23
(atualizado às 10h23)

O gremista Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, confidenciava a amigos um sonho, mesmo sem ligar muito para futebol: que o pai o levasse a assistir um jogo na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O médico Leandro, preso junto com a mulher Graciele pelo assassinato do menino, nunca realizou o desejo do menino. Workaholic assumido, o pai nunca tinha tempo para o filho e não esteve presente nem na primeira comunhão do garoto. No dia, Boldrini e Graciele viajaram, e Bernardo foi socorrido emocionalmente pelas “tias” Andréia Oliveira Küntzell e Nelda Maria e pelo casal de empresários José e Juçara Petry. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.

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Quando o pai de Bernardo sofreu um acidente de moto, os Petry chegaram a ficar com o menino por um mês. Nos últimos meses, Bernardo confidenciara a eles estar feliz com a promessa, feita por Boldrini, de lhe dar mais atenção e de, finalmente, poder brincar com a meia-irmã – algo que estava proibido de fazer, pela madrasta.

Além do casal, a assistente social Edelvânia Wirganovicz também foi presa por envolvimento na morte de Bernardo. O menino foi encontrado morto em uma cova no interior de Frederico Westphalen no dia 14 de abril, 10 dias depois de ter desaparecido da casa onde morava com o pai e a madrasta, em Três Passos (RS).

A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que Graciele tenha decidido matar Bernardo porque via nele um concorrente pelo R$ 1,5 milhão em bens do médico e, também, porque uma pensão poderia ser um estorvo nas pretensões financeiras da madrasta – uma pessoa ambiciosa, definem amigos e inimigos dela. Edelvânia, amiga de Graciele, teria recebido uma quantia para ajudar no assassinato - fala-se em R$ 80 mil -, mas ela nega.

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Fonte: Terra
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