O deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato do PSL à Presidência, lidera a disputa eleitoral nos cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com até 23% de apoio, enquanto o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) salta de 3 para 11 % quando associado diretamente a Lula, de acordo com pesquisa encomendada pela XP Investimentos publicada nesta sexta-feira.
Segundo o levantamento, publicado pelo jornal Valor Econômico, Haddad marcou 3% quando seu nome foi citado isoladamente na pesquisa telefônica com 1 mil entrevistas realizada pela Ipespe, mas saltou para 11% quando seu nome foi apresentado como "Fernando Haddad apoiado por Lula".
Nesse cenário, Bolsonaro lidera com 21% com Haddad empatado em segundo lugar com a ex-ministra Marina Silva (Rede) com 11%. Ciro Gomes (PDT) aparece com 9% Geraldo Alckmin (PSDB) com 8% e Alvaro Dias (Podemos) com 6%.
No quadro em que Haddad registra 3%, a liderança da pesquisa também é de Bolsonaro, com 22%, seguido por Marina (13%), Ciro (11%), Alckmin (8%) e Alvaro Dias (6%).
Em simulação com Lula como candidato, apesar de o ex-presidente estar preso por condenação em 2ª instância no âmbito da operação Lava Jato - o que deve inviabilizar sua candidatura com base na Lei da Ficha Limpa-- o petista aparece na primeira posição, com 30%de apoio, contra 20% de Bolsonaro, 10% para Marina, 7% de Alckmin, 6% de Ciro e 5% para Alvaro Dias.
Em um último cenário pesquisado, sem qualquer candidato petista na disputa, Bolsonaro lidera com 23%, à frente de Marina (13%), Ciro (11%), Alckmin (9%) e Alvaro Dias (7%).
A pesquisa também fez simulações para o segundo turno, e apontou que Lula venceria Bolsonaro por 40 a 30%. O deputado ficou numericamente atrás de Marina, com 35 a 36%, mas à frente de Ciro (35 a 33) e de Alckmin (34 a 29). Numa disputa entre Ciro e Alckmin, o candidato do PDT registrou 32 contra 29% do tucano, enquanto Alckmin marca 30 contra 20 de Haddad numa eventual disputa entre ambos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 6 de junho por telefone, o que gera controvérsia entre os grandes institutos de pesquisa. A margem de erro do levantamento é de 3,2 pontos percentuais.