Carro usado em execução de médicos já esteve outros crimes, diz TV

Investigadores apontam que suspeitos eram monitorados pela polícia há meses

6 out 2023 - 12h32
(atualizado às 12h41)
Investigações apontam que suspeitos usaram o mesmo modelo do carro que estavam no dia de ataque a médicos em outros crimes
Investigações apontam que suspeitos usaram o mesmo modelo do carro que estavam no dia de ataque a médicos em outros crimes
Foto: Reprodução/TV Globo

Os principais suspeitos pela execução dos três médicos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, já estavam sendo monitorados pela força-tarefa da Polícia Civil há meses, segundo informações obtidas com exclusividade pela TV Globo. Quatro deles foram encontrados mortos nesta quinta-feira, 5, nos arredores da Gardênia Azul. 

Segundo a emissora, a Delegacia de Homicídios tentava encontrar um Fiat Pulse de cor branca que havia sido utilizado no crime contra os médicos. E, no decorrer da investigação, foi descoberto que um veículo da mesma tonalidade esteve em cena em outros homicídios naquela região.

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Alguns dos suspeitos, liderados por Philip Motta Pereira, o Lesk, faziam parte de uma milícia operante na área da Cidade de Deus e Gardênia Azul, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Essa milícia estava ativa há três décadas naquela localidade e, atualmente, estava envolvida em uma disputa territorial com traficantes.

Uma das hipóteses apuradas é a de que o alvo dos criminosos seria um filho de um miliciano da região de Jacarepaguá, que se parece com o médico Perseu Ribeiro Almeida
Foto: Reprodução/TV Globo

No final do ano passado, eles selaram uma aliança com traficantes do Complexo da Penha, na Zona Norte, juntando forças com o Comando Vermelho na favela. Isso resultou em uma onda de assassinatos, particularmente na área de Araticum.

O grupo, conhecido na facção criminosa como "Equipe Sombra," também era alvo de uma força-tarefa especial da Polícia Civil, cujo objetivo era conter o conflito em curso entre milicianos e traficantes que havia aterrorizado as áreas da Zona Oeste por quase um ano.

Na manhã de quinta-feira, por volta das 6h, quando a perícia estava concluindo a investigação no quiosque onde os médicos foram brutalmente assassinados, os investigadores da Delegacia de Homicídios observaram que o veículo de onde os criminosos partiram era parecido com o utilizado em outros crimes.

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De acordo com a TV Globo, entre os alvos identificados por essa força-tarefa estava o braço direito de Lesk, conhecido como "BMW," cujo nome real é Juan Breno Malta Ramos Rodrigues. Em uma interceptação telefônica realizada pela Polícia Civil, ele fez comentários sobre a localização de um suposto alvo que eles planejavam executar: o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.

Esse ato de violência seria uma retaliação a outro homicídio ocorrido na guerra entre milicianos e traficantes. Lesk era aliado de Luís Paulo Aragão Furtado, também conhecido como "Vin Diesel," que foi assassinado em 16 de setembro, e Taillon era apontado como autor desse crime.

De acordo com a linha de investigação da Delegacia de Homicídios, os criminosos receberam informações incorretas de um informante que passou pelo quiosque. Eles acreditaram erroneamente que um dos médicos seria o alvo do grupo, resultando no crime que culminou na morte dos profissionais.

Ainda segundo a emissora, essa informação errônea causou tensões na cúpula do Comando Vermelho (CV), levando a reuniões por videoconferência. Como resultado, quatro indivíduos acusados e julgados por traficantes foram submetidos a torturas e mortos a tiros. Isso teria ocorrido no Complexo da Penha.

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Fonte: Redação Terra
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