Caso Anic Herdy: corpo que pode ser de advogada foi encontrado com algemas e celular

Autor do feminicídio confessou o crime e disse que objeto foi usado em motel, antes do assassinato

26 set 2024 - 14h23
(atualizado às 15h35)
A investigação do sequestro de Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 54 anos, apontou o envolvimento de um amigo da família
A investigação do sequestro de Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 54 anos, apontou o envolvimento de um amigo da família
Foto: Reprodução

Um corpo, que pode ser da advogada Anic Herdy, foi encontrado na quarta-feira, 25, na garagem da casa de Lourival Correa Netto Fatica, em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Ele é o assassino confesso da ex-amante, e revelou ter escondido o corpo na casa em uma audiência. A perícia ainda irá comprovar pelo DNA se trata-se de Anic, que teria sido sepultada em pé, e estava com um dos pulsos algemados. Um celular também foi encontrado com a vítima.

De acordo com as informações do jornal O Globo, Lourival teria matado Anic, desaparecida desde fevereiro deste ano, e colocou o corpo em pé, cimentado em um muro na garagem da casa. 

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O delegado Nei Loureiro, da 105ª DP de Petrópolis, informou, a publicação, que Lourival aproveitou a obra do muro, que estava caindo, para colocar o corpo no local. Da cintura para cima, foi concretado junto ao muro, e por isso as autoridades precisaram retirar todo o material sem o uso de máquinas.

As buscas começaram após Lourival revelar em depoimento à 2ª Vara Criminal de Petrópolis, nesta quarta-feira, 25, onde havia enterrado a mulher, que foi morta no dia 29 de fevereiro. Foram necessárias cerca de sete horas até que o cadáver fosse encontrado na casa do acusado. O homem confessou que vivia um suposto caso extraconjugal com a mulher que matou.

Suspeito de envolvimento no desaparecimento da advogada Anic Herdy, no Rio de Janeiro, Lourival Correa Netto Fatica, de 55 anos
Foto: Reprodução

Algemas e celular

Durante o depoimento, Lourival disse que Anic pediu que ele colocasse algemas nela pouco antes do crime, quando os dois estavam em um motel em Petrópolis. Ela foi morta com um soco na traqueia, na altura do pescoço. Depois, foi enrolada em um lençol e levada até a garagem da casa, em Teresópolis.

Junto ao corpo, os policiais também encontraram um telefone celular. A suspeita é que o aparelho tenha sido usado por Lourival para entrar em contato com Benjamin Cordeiro Herdy, marido de Anic por 20 anos. 

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Na época do desaparecimento da advogada, Benjamin pagou um resgate de R$ 4,6 milhões, acreditando tratar-se de um sequestro.

O corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Teresópolis, onde irá passar por testes de DNA para confirmar se a identidade é de Anic.

Entenda o caso

Anic está desaparecida desde 29 de fevereiro após sair a pé de um shopping em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. A família dela pagou R$ 4,6 milhões, em dólares, reais e bitcoins, no dia 11 de março. 

A polícia acredita que Anic teria participado do plano para forjar o próprio sequestro com Lourival. O objetivo era extorquir Benjamin Cordeiro Herdy, marido de Anic. O celular da advogada tinha um chip no nome de Lourival, que ela usava para falar com ele e encontrá-lo na última vez em que foi vista.

Lourival foi preso, apontado como mentor do sequestro de Anic. Os filhos dele são suspeitos de terem ajudado no crime, e também foram presos, acusados de extorsão mediante sequestro.

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Por meio de uma carta, Lourival Fatica confessou ter enterrado e concretado o corpo de Anic Herdy, logo após matá-la com um soco no pescoço. Ele também disse ter matado a vítima a mando de Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, marido da advogada. De acordo com ele, os dois planejaram o crime juntos e forjaram o sequestro para encobrir o homicídio. A defesa de Benjamin nega.

Fonte: Redação Terra
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