Caso Bernardo: quebra de sigilo de contas bancárias é pedida

21 abr 2014 - 09h16
<p>Corpo de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado dez dias depois do menino ter desaparecido</p>
Corpo de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado dez dias depois do menino ter desaparecido
Foto: Facebook / Reprodução

Os policiais civis que investigam a morte de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, solicitaram a quebra de sigilo das contas bancárias dos três presos pelo envolvimento na morte do menino: o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz. A suspeita é que a madrasta e a amiga tenham assassinado o garoto por dinheiro. Porém, os investigadores sabem que terão uma dificuldade: dos valores que teriam sido prometidos por Graciele à assistente social, apenas uma pequena parte teria sido entregue a ela. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.

O depoimento de Edelvânia é a principal prova. Ela admite ter ajudado no crime movida pela promessa de auxílio para pagar R$ 96 mil de dívida com um apartamento. O dinheiro seria repassado por Graciele, que, segundo a assistente social, nutriria um sentimento de ódio pelo enteado e teria receio de ser preterida na divisão de bens do marido, caso Bernardo herdasse a clínica e os imóveis do pai. A polícia desconfia que o médico sabia do plano, apesar de Edelvânia declarar que Leandro desconhecia a intenção da mulher. 

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Um relato da madrinha de Bernardo, Clarissa Oliveira, reforçaria a suspeita da polícia contra o médico. Em 14 de abril, às 16h, dia em que o corpo foi encontrado, ela relata que ficou  impressionada com a “frieza” do pai do menino durante uma conversa. A madrinha começou a acreditar que Leandro tem envolvimento com o caso quando ouviu: "Tá, se acharem ele morto, daí a gente vê o que faz". 

Clarissa observou que o médico falava do menino no passado enquanto ele estava desaparecido. O marido de Clarissa, Ary Ribeiro contou que, enquanto ele e a mulher ficavam o dia inteiro nas redes sociais mobilizando as pessoas a divulgarem a foto de Bernardo e buscarem informações, o pai do menino estaria dormindo em casa. "Liguei duas vezes na segunda-feira (dia 7) e ele estava dormindo. Não consegui me controlar. Eu disse: 'todo mundo está na rua atrás dele e tu estás dormindo em casa!", relatou. 

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos (RS), após dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo. O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen (RS), dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganoviczo foram presos pela suspeita de envolvimento no crime. Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de possivelmente ser morto com uma injeção letal. 

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Fonte: Terra
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