Caso Djidja: irmão, mãe e mais cinco são condenados a quase 11 anos de prisão por tráfico de drogas

Ex-sinhazinha do Boi Garantido morreu em maio deste ano

17 dez 2024 - 21h21
(atualizado às 22h23)
Foto: Reprodução/Instagram/@djidjacardoso

A Justiça do Amazonas condenou nesta terça-feira, 17, sete pessoas por tráfico e associação para o tráfico de drogas no caso Djidja Cardoso. Ademar Farias Cardoso Neto e Cleusimar de Jesus Cardoso, irmão e mãe da ex-sinhazinha do Boi Garantido, estão entre os sentenciados.

O juiz titular da 3.ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus, Celso Souza de Paula, determinou pena de 10 anos, 11 meses e 8 dias de reclusão e pagamento de 1.493 dias-multa para o grupo.

Publicidade

Além do irmão e da mãe da dançarina, Veronica da Costa Seixas (ex-gerente de um dos salões de beleza da família), Hatus Moraes Silveira (coach), José Máximo Silva de Oliveira (dono de uma clínica veterinária), Savio Soares Pereira (sócio da clínica veterinária) e Bruno Roberto da Silva Lima (ex-namorado de Djidja) estão entre os condenados.

Dos sentenciados, Verônica e Bruno poderão recorrer da decisão em liberdade. O juiz, entretanto, negou o pedido dos outros cinco.

A decisão também absolveu Emicley Araújo Freitas Júnior, que era motoboy da empresa de José Máximo, Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas, os dois últimos maquiadores no salão de beleza de Ademar e Cleusimar.

Segundo as autoridades, os fatos apurados na “Operação Mandrágora” já estavam sob atenção da Polícia Civil do Estado do Amazonas, mas ganharam maior repercussão e novos contornos após a morte de Djidja, em maio deste ano. 

Publicidade

Embora o laudo oficial ainda não tenha sido divulgado, as investigações apontam para morte causada por overdose de cetamina. 

De acordo com o inquérito, o grupo promovia a captação, distribuição, uso e aplicação indiscriminada da substância alucinógena da cetamina. A substância de uso veterinário afeta o sistema nervoso central dos usuários.

Para tomar a decisão, o juiz destacou que a versão dos réus em juízo em uma tentativa de se eximir da responsabilidade penal “encontra-se em total divergência com a prova testemunhal coletada”.

Além disso, Celso Souza de Paula reforça que as provas são conclusivas e não deixam margem a dúvidas com relação à autoria do crime de tráfico de drogas: “Destarte, as circunstâncias do flagrante, bem como as informações trazidas pelas testemunhas, não deixam dúvidas quanto à destinação comercial que detinham as drogas. Portanto, sequer se trata de usuário de drogas”, complementa.

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, de 32 anos, morreu em 28 de maio após uma suposta overdose de cetamina. 

Ademar e Djidja, irmãos que criaram a seita ‘Pai, Mãe, Vida’ junto com a mãe, Cleusimar
Foto: Reprodução/Redes sociais

Quem foi Djidja Cardoso?

Nascida no Amazonas, Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, de 32 anos, morreu em 28 de maio após uma suposta overdose de cetamina. Djidja ficou famosa depois de se apresentar pelo Boi Garantido entre os anos de 2015 e 2020. Em 2021, ela foi convidada para participar do reallity show A Bordo, da TV A Crítica. O programa é um concurso de beleza que confina mulheres em um barco em Manaus. Vitoriosa em sua edição, Djidja conquistou o título de Rainha do Peladão e o prêmio de R$ 30 mil. No passado, sua mãe também já tinha vencido o concurso.

Publicidade

Depois desse período, se tornou empresária, abriu uma rede de salões de beleza e começou a prosperar nos negócios. Em meio a isso, se dedicava à criação de conteúdo digital. Nas redes sociais, onde tinha mais de 76 mil seguidores, ela compartilhava dicas de beleza, de saúde, sua vida pessoal e rotina de treinos.

Fonte: Redação Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se