Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio preso por suspeita de proteger os mandantes da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, enviou um bilhete ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No papel, ele afirmou que o ex-policial militar Ronnie Lessa mentiu em sua delação. A informação é de O Globo.
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O bilhete foi enviado junto da coleta de um mandado de citação na Penitenciária Federal de Brasília, onde está desde março. Barbosa também negou que conheça o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que são apontados como os mandantes dos homicídios.
“Aos exmos ministros, eu nunca falei com esses outros denunciados. O inquérito 901/00266/19 possui provas técnicas de mentira do assassinato da vereadora Marielle e do motorista Anderson. No STJ, há uma decisão de que eu não participei das investigações”, escreveu o delegado, que se refere a um incidente de deslocamento de competência.
Em maio, ele já havia escrito a Moraes, pedindo por “misericórdia” para que a Polícia Federal o ouvisse. A determinação ocorreu e, durante a oitiva, Barbosa afirmou sofrer uma “perseguição” e apontou supostas fragilidades no inquérito sobre a morte de Marielle e Anderson.
Lessa é o executor confesso da vereadora e de seu motorista e, em sua delação, delatou os irmãos Brazão, além de Barbosa, que negaram participação nos crimes. No entanto, eles já são réus no STF por homicídio consumado, homicídio tentado e organização criminosa.