Um jovem casal de noivos e mais duas pessoas foram vítimas de uma chacina que aconteceu em uma residência no Setor Jardim do Cerrado III, em Goiânia, na noite de terça-feira (27). A Polícia Civil busca pistas dos autores do crime, dois homens, vistos por testemunhas, que chegaram por volta das 23h30 na casa, entraram e dispararam vários tiros contra as vítimas.
Segundo o delegado Paulo Ribeiro, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), que investiga o caso, a dona da casa, Roseli Maria Michicosk, 37 anos, uma das vítimas, era traficante de drogas, e seu envolvimento com o crime pode ter sido a motivação da chacina, que também vitimou o filho dela, Dhiego de Jesus Michicosk, de 21 anos, e a noiva dele, Laryssa Pereira Novaes, de 19 anos, que apenas a visitavam na noite do crime, e não tinham envolvimento com a atividade criminosa. Outro homem, o companheiro de Roseli ainda não identificado, também morreu. Ele não portava documentos e ainda não há como a polícia avaliar se ele também tinha passagem na polícia ou envolvimento na motivação do crime.
“A gente fez o levantamento da vida pregressa dela e constatamos que tem antecedentes criminais. Ela traficava entorpecentes”, disse, sobre Roseli, o delegado. A residência da vítima não era, segundo a polícia, ponto de venda de droga, já que as primeiras investigações mostraram que Roseli traficava em outro lugar, possivelmente em algum ponto do Centro de Goiânia.
O delegado Paulo Ribeiro disse que no local onde vendia drogas, uma boca de fumo, Roseli já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio, também com arma de fogo, em dezembro do ano passado. “Naquela oportunidade, foi registrada a ocorrência e ela relatou que dois homens haviam pensado que ela fizera “casinha” para um outro traficante que morreu. Alvejaram ela com um disparo na perna”, afirmou Ribeiro. “A nossa linha investigativa principal parte do pressuposto que os autores, ao menos dois – foi o relato de testemunhas - foram lá para cobrar dívida, um acerto de contas com a Roseli”, ainda acrescentou o delegado.
A precária iluminação no local do crime e a ausência de câmeras de vigilância dificultam a identificação dos suspeitos. “E não houve testemunha ocular do fato. O que a gente sabe é de uma pessoa que viu um carro escuro, mas não viu modelo ou marca, parando momentos antes. Entraram de forma violenta na casa e efetuaram vários disparos, de 25 a 30”, disse o delegado Paulo Ribeiro. Depois. Os suspeitos teriam voltado ao carro e saído rápido do local.
A polícia aguarda laudo pericial sobre o local do crime e os laudos cadavéricos, com informações que apontem quantos foram os disparos em cada vítima, para saber quantas armas foram utilizadas. Isso confirmará ou não a hipótese apontada por testemunhas de que dois matadores atuaram no crime. “Já identificamos que pelo menos duas armas, de calibres diferentes, foram utilizadas”, detalhou o delegado.