Chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, se entregou à Polícia Federal (PF) no final da tarde deste domingo, 24. Em seguida, ele foi transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Conforme informações da TV Globo, após concluir os procedimentos de entrada no sistema penal fluminense, Zinho foi transferido para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima. Ele está na área reservada a milicianos.
Com 12 mandados de prisão em aberto, Zinho estava foragido desde 2018. Após negociações entre a defesa do miliciano e a PF, ele se entregou na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro.
Nos últimos meses, a PF conduziu diversas operações com o objetivo de capturar o miliciano. A mais recente foi a Operação Dinastia 2, realizada em 19 de dezembro, resultando na prisão de cinco pessoas, apreensão de quatro armas, além de dinheiro em espécie, celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos.
Quem é Zinho ?
Zinho, é tio de Faustão e irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que chefiava a Liga da Justiça, a maior milícia fluminense. Com a morte de Ecko, Zinho é quem está à frente da organização criminosa. De acordo com o jornal O Globo, ele não passou por nenhuma força policial, mas, antes de comandar o grupo, era responsável pela contabilidade e lavagem de dinheiro.
Além de Ecko, outro irmão de Zinho já chefiou a associação criminosa, Carlos da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes. Conforme o Disque Denúncia, promotores do Ministério Público levantaram que o criminoso também é o sócio de duas empresas que fazem extração de saibro.
Ainda segundo O Globo, Zinho arrecada entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões mensais, na região que engloba a maior parte dos bairros de Santa Cruz, Campo Grande e Paciência. Grande parte do dinheiro é proveniente do transporte alternativo. Ele já foi preso por porte Ilegal de arma de fogo e associação criminosa.