O caso do médico Jaime Gold, esfaqueado na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, no dia 19 de maio, quando andava de bicicleta, teve mais um capítulo nesta terça-feira (2). Um terceiro menor, de 16 anos, se apresentou à polícia. Ele disse que participou do roubo que resultou no assassinato e inocentou o primeiro menor apreendido, também de 16 anos, que nega participação.
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Depois da Divisão de Homicídios (DH) ter dado o caso como encerrado, após a apreensão de um segundo menor, de 15 anos, o delegado assistente Giniton Lages afirmou, em coletiva à imprensa na noite de terça, que a polícia nunca havia parado com as investigações. Apesar deste novo desdobramento, Lages negou que tenha havido precipitação policial.
O delegado disse que o novo menor apreendido alegou que as facadas foram desferidas pelo segundo menor apreendido. Segundo Lages, o menor revelou que a arma havia sido comprada na própria comunidade pela quantia de R$ 8. Ele tem 20 passagens pela polícia, várias delas por roubos e furtos, incluindo bicicletas, quase sempre na zona sul da cidade.
Segundo o delegado, o que motivou a apresentação do terceiro menor, que é da comunidade do Jacarezinho, na zona norte, foi pressão da própria família, pois a polícia estava fazendo muitas diligências no local, o que estava causando apreensão. Ele se apresentou no começo da madrugada, juntamente com uma irmã maior de idade, na 25ª Delegacia de Polícia, no bairro de Engenho Novo.
Na parte da tarde, foi ouvido pelo Ministério Público (MP), que decidiu, segundo o delegado, representar por sua internação, assim como manteve a internação dos outros dois menores. Lages disse que ainda não é possível descartar totalmente algum tipo de participação do primeiro menor, apesar de sua atuação ter sido descartada pelo último adolescente apreendido.
A Justiça tem até 45 dias, a partir da data em que os jovens foram apreendidos, para decidir qual medida socioeducativa será adotada. A pena máxima para adolescentes infratores é de três anos de internação em uma unidade socioeducativa.
A polícia continua investigando para descobrir quem seria o receptador das bicicletas roubadas, inclusive a do médico assassinado.