Conselho de medicina deve investigar ações de pai de Bernardo

16 mai 2014 - 16h38
(atualizado às 16h53)

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) deve abrir uma sindicância para investigar a conduta do médico Leandro Boldrini, acusado de participação na morte do filho, o menino Bernardo, 11 anos, em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. Segundo o presidente do Cremers, Fernando Matos, o conselho tem a obrigação legal de investigar tanto o estado psíquico de Leandro quanto o uso de seus conhecimentos médicos na realização do crime.

"Todas as provas contra ele anunciadas na imprensa estão de guarda da polícia e do Ministério Público (MP). Nós aguardamos que o MP nos mande estas provas, que possamos conversar com o médico para fazer uma investigação sobre os aspectos éticos do caso", afirmou Matos.

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A polícia investiga se a receita de Midazolam - remédio que a madrasta Graciele Ugulini confessou ter dado a Bernardo para dopá-lo - foi assinada pelo médico e pai do menino. A receita foi encontrada em nome da assistente social Edelvânia Wirganovicz. O medicamento teria sido comprado em Frederico Westphalen (RS), município onde Bernardo foi assassinado. O documento passa por perícia para verificar se a letra e a assinatura são mesmo do pai.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.

O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime.

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Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal.

Fonte: Terra
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