"Continuamos acreditando no diálogo", afirma diplomata brasileira sobre Venezuela

A avaliação de Brasília é que haverá eleições "livres e transparentes" no país comandado por Nicolás Maduro

22 mar 2024 - 17h12
Eleições estão marcadas para 28 de julho
Eleições estão marcadas para 28 de julho
Foto: Pedro França / Agência Senado / Perfil Brasil

A secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, Maria Luísa Escorel, foi questionada nesta sexta-feira (22) sobre qual a avaliação sobre a situação na Venezuela a ser feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana que vem, em reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron. Em resposta, ela afirmou que o Brasil continua apostando no diálogo entre o governo e a oposição da Venezuela.

Segundo Escorel, Brasília ainda aposta que as eleições presidenciais serão "livres e democráticas". Lula, por sua vez, tem sido criticado por não condenar as ações antidemocráticas líder venezuelano Nicolás Maduro.

Em relação ao acordo firmado entre representantes do governo e da oposição, no fim do ano passado, para que as eleições transcorram sem problemas, a diplomata afirmou que segue "acreditando no diálogo". "Continuamos apostando que o Acordo de Barbados será implementado e que haverá eleições livres e transparentes na Venezuela, que caminhará em direção à democracia. Esperamos um final feliz", disse.

Eleições na Venezuela

A Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela anunciou que o país passará por eleições presidenciais no dia 28 de julho, data de nascimento de Hugo Chávez, ex-líder do país.

O pleito ocorre em um cenário de perseguição política. María Corina Machado, principal opositora do líder venezuelano, havia sido escolhida em votação primária para disputar a eleição, mas o Judiciário, com forte influência de Maduro, decidiu que ela ficará inelegível por 15 anos.

Além disso, nesta semana, assessores de María Corina foram presos, sob a acusação de estarem envolvidos em supostas conspirações e planos para promover a violência no país. Diversos países exigiram a libertação imediata dos presos, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Estados Unidos. O Brasil se manteve em silêncio.

Maduro, por sua vez, já avisou que irá concorrer à reeleição.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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