O delegado Fábio Salvadorete, encarregado das investigações sobre a morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, confirmou no final da tarde desta sexta-feira que a vítima, a sua mulher e o caseiro foram feitos reféns por 8 horas. Ele afirmou que três homens entraram no sítio do militar, localizado em uma área rural de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
De acordo com o delegado, a polícia foi informada da morte do coronel Malhães por volta das 9h da manhã desta sexta-feira, mas não detalhou as circunstâncias em que o chamado foi feito. Os homens levaram armas antigas que o militar colecionava e computadores da casa. O delegado Fábio Salvadorete disse que a vítima não foi morta a tiros e sim por asfixia. Ele aguarda o laudo do Instituto Médico-Legal que determinará a causa da morte.
A Polícia Civil informou que a mulher do coronel reformado e o caseiro foram ouvidos. Os agentes buscam imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar na identificação dos criminosos. O caseiro será encaminhado para ajudar no retrato falado dos assassinos.
Ex-agente do Centro de Informações do Exército, Paulo Malhães foi o primeiro militar a admitir que torturou, matou e ocultou cadáveres de presos políticos durante a ditadura militar.