Defesa de Elize tenta dissolver conselho de sentença

1 dez 2016 - 12h33
Movimentação na sala do júri do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, no bairro da Barra Funda, zona oeste de São Paulo (SP), onde acontece o julgamento de Elize Matsunaga.
Movimentação na sala do júri do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, no bairro da Barra Funda, zona oeste de São Paulo (SP), onde acontece o julgamento de Elize Matsunaga.
Foto: Paulo Lopes/Futura Press

A defesa de Elize Matsunaga tentou dissolver o conselho de sentença depois que uma das testemunhas admitiu ter conversado com outra após o início da sessão plenária, na segunda-feira.

Elize está sendo julgada em São Paulo, acusada de homicídio doloso triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima, contra o ex-marido Marcos Matsunaga, 42 anos, em maio de 2012.

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O pedido ocorreu quando o médico legista Carlos Alberto Coelho, durante seu depoimento, disse ter questionado outro legista, Jorge Pereira de Oliveira, sobre a elaboração do laudo de necrópsia ter sido feito em anexos.

As partes corpo de Marcos Matsunaga, que foi esquartejado, deram entrada em momentos diferentes no Instituto Médico Legal. Pela regra, deveria ter sido feito um laudo para cada uma delas.

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Ao perceber a ilegalidade, a defesa pediu a dissolução do conselho de sentença por ter havido esse contato, por violação do artigo 460 do Código de Processo Penal.

O juiz fez contar o pedido em ata, mas não atendeu a solicitação. Segundo ele, não houve prejuízo ao processo e por isso "não é caso de dissolução".

A defesa poderá recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça. Nesse recurso precisará provar que Elize foi prejudicada por conta desse contato entre os dois.

Depoimento

De acordo com o médico Carlos Alberto Coelho, última testemunha do Ministério Público a ser ouvida, Marcos teria sido degolado quando ainda estava vivo, corroborando a tese da acusação.

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Ele alega que foi encontrado sangue nos pulmões, o que só acontece quando ainda há respiração. Antes disso, ele havia sido baleado na cabeça com um tiro a curta distância, de acordo com a avaliação do médico, o que também está de acordo com a tese da acusação.

O crime

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi baleado e depois esquartejado. 

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, então com 31 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012.

Fonte: Especial para Terra
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