Defesa do pai de Bernardo vai convocar promotora

Advogado quer que a promotora responda questões sobre a falta de investigação sobre o comportamento da madrasta de Bernardo

10 jun 2014 - 08h07
<p>Pai e madrasta foram presos por suspeita de envolvimento na morte do menino Bernardo Boldrini</p>
Pai e madrasta foram presos por suspeita de envolvimento na morte do menino Bernardo Boldrini
Foto: Facebook / Reprodução

O advogado Jader Marques, defensor do médico Leandro Boldrini, preso suspeito da morte do filho Bernardo Boldrini, 11 anos, informou na segunda-feira que vai pedir a convocação da promotora do caso, Dinamárcia Oliveira, como testemunha de defesa. Marques quer que a promotora responda questões sobre a falta de investigação sobre o comportamento da madrasta de Bernardo, Graciele Ugolini, já que o Ministério Público recebeu um e-mail, em novembro de 2013, informando que a enfermeira, também presa pelo crime, teria tentado asfixiar o menino com um travesseiro. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.

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Além da promotora, o advogado pretende ouvir outras 23 testemunhas em frente ao juiz. O MP informou que nem o órgão nem Dinamárcia vão se pronunciar enquanto não tiverem conhecimento da alegação da defesa. Sobre a participação da promotora como testemunha de defesa, a assessoria de imprensa do MP diz que "como ela atuou sendo titular da ação penal, o entendimento dela sobre o assunto está materializado na denúncia". O depoimento de Dinamárcia como testemunha poderia anular o processo.

O advogado de Boldrini apresentou ainda 12 constestações a indícios de participação do médico na morte do filho. Entre eles, está a receita com a prescrição do medicamento que matou o menino, que teria sido assinada por Boldrini. Segundo Jader Marques, a assinatura do papel não era do médico – o advogado apresentou repetidas rubricas de Boldrini, alegando que a escrita do suspeito não tem os traços que aparecem na receita.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.

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O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime.

Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal.

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Fonte: Terra
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