Delegado diz que não será feita varredura na Maré

Chefe de Polícia Civil do RJ, Veloso explica como funciona o mandado de busca coletiva para o Complexo da Maré

30 mar 2014 - 11h40
(atualizado às 11h44)
Delegado detalha mandado de busca coletiva na Maré
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O delegado Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro fez questão de tranquilizar a população do Complexo da Maré na manhã deste domingo, dizendo que a polícia não pretende fazer uma "varredura" na região, nem entrar na casa de todos os moradores. Por meio de um vídeo, ele explicou como funciona o mandado de busca coletivo, usado na operação de hoje. Segundo Veloso, o mandado "é resultado do desdobramento de uma investigação em que a polícia não conseguiu identificar casa exata ou local exato que era usado por traficantes da região".

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"O que esse mandado possibilita, é que esses policiais no terreno consigam localizar esse local exato e nele possa realizar a busca. A Polícia Civil não faz um mandado de busca coletiva no conceito de varredura", disse o delegado, que pediu para ainda para a população fazer denúncias em casos de abuso de autoridade. Os mandados são cumpridos sempre por delegados de polícia.

Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Ocupação da Maré

Reduto do crime organizado do Rio de Janeiro, o complexo de favelas da Maré, na zona norte da capital fluminense, foi ocupado nas primeiras horas deste domingo pelas forças de segurança do Estado no primeiro passo para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região que compreende 15 favelas no total, com aproximadamente 130 mil moradores.

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Segundo a Secretaria de Estado de Segurança, “as comunidades foram recuperadas pelas forças policiais sem encontrar resistência, o que permitiu o domínio dos pontos planejados dos territórios em 15 minutos”. Policiais continuam nas comunidades em operações de busca de criminosos, apreensões de armas, drogas e objetos roubados.

Participam da operação 1.180 policiais militares de várias unidades, entre elas o Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), além de policiais da Corregedoria Interna da PM. O Bope ocupa as favelas Nova Holanda e Parque União, enquanto que o Batalhão de Choque as outras 13 favelas. Da Polícia Civil, o efetivo no local é de 132 pessoas. Uma base móvel do Instituto Félix Pacheco está instalada no 22º BPM (Maré) para fazer a identificação biométrica de suspeitos.

Além disso, os policiais militares usam 14 blindados disponibilizados pela Marinha e um blindado do Batalhão de Polícia de Choque. Agentes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal e do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal apoiam a operação.

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro, as comunidades que fazem parte do Complexo da Maré e serão ocupadas são: Praia de Ramos, Parque Roquete Pinto, Parque União, Parque Rubens Vaz, Nova Holanda, Parque Maré, Conjunto Nova Maré, Baixa do Sapateiro, Morro do Timbau, Bento Ribeiro Dantas, Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Novo Pinheiros (Salsa&Merengue), Vila do João e Conjunto Esperança.

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O intuito da secretaria de Segurança Pública do Estado é abrir espaço para a entrada do Exército no local, que a exemplo do que ocorreu no complexo de favelas do Alemão, fará a ocupação do local até que o efetivo da Polícia Militar forme o novo efetivo para atuar na Maré – o acordo foi feito junto com ao Ministério da Justiça por intermédio do secretario José Mariano Beltrame e o governador Sérgio Cabral.

Fonte: Terra
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