Delegado finaliza inquérito que apura morte de dentista queimada em SP

Delegado pediu a prisão preventiva de três suspeitos e a manutenção do adolescente na Fundação Casa

13 mai 2013 - 17h12
(atualizado às 18h57)
<p>O adolescente afirmou incialmente ter colocado fogo na dentista, mas mudou de versão</p>
O adolescente afirmou incialmente ter colocado fogo na dentista, mas mudou de versão
Foto: Tércio Teixeira / Futura Press

O delegado titular do 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, Roberto Bueno Menezes, concluiu o inquérito que apura a morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47 anos, queimada em seu consultório, em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, no último dia 25. No documento, entregue à Justiça no último dia 9, o delegado pede a prisão preventiva de três suspeitos do crime, e também a permanência do adolescente que participou da ação na Fundação Casa. 

Os suspeitos foram indicados como autores dos crimes de roubo seguido de morte e formação de quadrilha. 

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Segundo Roberto Bueno, o inquérito foi apresentado ainda sem os laudos. “Isso demora mesmo, não é a gente que faz”, alegou. “Encaminhei sem (os laudos) mesmo, pra não perdermos o prazo da (prisão) temporária”, afirmou. 

De acordo com o delegado, assim que forem entregues, os laudos serão então encaminhados para a Justiça. “Não atrapalha isso (entrega posterior dos laudos). Foi uma opção por entregar agora para ganhar tempo”, afirmou. Com a entrega do inquérito, o delegado considera o caso solucionado. 

Suspeitos mudam versão

A dentista foi assassinada por volta das 12h30 do dia 25 de abril, depois que três homens invadiram o consultório e anunciaram o roubo. Eles jogaram álcool e atearam fogo à mulher após se irritarem por ela ter pouco dinheiro na conta, cerca de R$ 30. 

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Além do adolescente, outras três pessoas participaram do crime – Jhonatas Cassiano Araújo, 21 anos; Vitor Miguel de Souza, 25 anos, e Thiago de Jesus Pereira, 25 anos. Segundo a polícia, Jhonatas, que aparece em imagens de câmeras de segurança sacando dinheiro da conta da dentista, saiu para fazer a operação bancária enquanto a mulher ficou amarrada na presença do adolescente, que completa 18 anos em junho, e de Vitor.

Em depoimento à polícia, os dois confessaram que jogaram álcool na dentista e ficaram brincando com o isqueiro para que ela ficasse com medo e contasse onde guardava o resto de seu dinheiro. Quando Jhonatas ligou e afirmou que ela possuía apenas R$ 30 na conta, o adolescente, nervoso, ateou fogo na mulher.

Apesar de ter inicialmente assumido a autoria do crime, o adolescente mudou posteriormente seu depoimento, e culpou Vitor pela morte de Cinthya. 

"Botei fogo, não", diz o adolescente ao policial que o questiona. "Quem botou o fogo, quem riscou o fogo, foi o Victor, tio", completou. Segundo o jovem, o parceiro o ameaçava para cometer os crimes. "Tem vezes que ele fica apontando aquela pistola pra mim", falou.  

Fonte: Terra
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