Deolane teria aberto bet com capital de R$ 30 mi para lavar dinheiro de jogos, diz polícia

Justiça determinou bloqueio de contas de Deolane Bezerra e de sua mãe, Solange

8 set 2024 - 21h17
(atualizado em 9/9/2024 às 08h53)
Deolane teria aberto bet com capital de R$ 30 mi para lavar dinheiro de jogos, diz polícia
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A influeciadora digital Deolane Bezerra, presa na última quarta-feira, 4, abriu uma empresa de apostas com capital social de R$ 30 milhões para, segundo a polícia, lavar dinheiro de jogos ilegais. A informação foi divulgada em reportagem do Fantástico neste domingo, 8. 

O mandado de prisão contra Deolane foi cumprido no âmbito da Operação Integration. Na ocasião, foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, cumpridos no Recife (PE), Campina Grande (PB), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO) e Barueri (SP). Mais de R$ 2,1 bilhões de ativos foram bloqueados.

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Entre esse valor estão R$ 20 milhões de Deolane e R$ 14 milhões da empresa que ela abriu. À Justiça, ela informou que sua renda mensal é de R$ 1,5 milhão.

Deolane Bezerra foi presa em operação na última quarta-feira, 4, em Recife (PE)
Deolane Bezerra foi presa em operação na última quarta-feira, 4, em Recife (PE)
Foto: @dra.deolanebezerra via Instagram / Estadão

De acordo com a investigação, a suspeita principal é de que a mãe dela, Solange Bezerra, teria sido usada no esquema. A Justiça também determinou o bloqueio nas contas de Solange, mas na ordem de R$ 3 milhões.

A mãe de Deolane chegou a dar três afirmações diferentes à polícia. A primeira, de que o dinheiro era derivado de publicidade, e as outras, de que não se lembrava de onde tinha vindo o dinheiro ou que desconhecia sua origem. 

De acordo com o Fantástico, outros Estados, além de Pernambuco, também estão "de olho" no suposto esquema de lavagem de dinheiro com jogos ilegais.

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Deolane reafirma inocência em nova carta

Dayanne Bezerra compartilhou nas redes sociais uma nova carta da irmã, Deolane Bezerra, entregue durante uma visita à prisão feminina de Recife neste domingo, 8. Na mensagem, a influenciadora reafirmou sua inocência, abordou sua religiosidade e trajetória como mulher nordestina.

"Sim, as coisas para mim sempre foram mais difíceis, mas como operadora do Direito sigo aguardando prazos", escreveu. "Afirmo com todo o respeito que tenho por vocês, sou inocente, não há uma prova sequer".

Dono de bet investigada é filho de bicheiro

O dono da Esportes da Sorte, empresa também investigada no âmbito da Operação Integration, Darwin Henrique da Silva Filho, é filho de Darwin Henrique da Silva, bicheiro que já foi alvo de operação em 2022. Darwin pai é conhecido no Recife (PE) por sua atuação com jogo do bicho, e teve R$ 180 mil e um caderno apreendidos.

Também pesa contra a Esportes da Sorte os trâmites impostos aos apostadores. Embora a plataforma seja legalizada e tenha sede em Curaçao, no Caribe, quem faz apostas na plataforma acaba pagando o valor para a Pay Brokers, que supostamente tem uma sede em Curitiba (PR).

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Por causa da investigação, Darwin teve o sequestro de imóveis e bloqueio de R$ 2 milhões, enquanto seu filho teve R$ 40 milhões bloqueados. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, ao todo são investigadas 53 pessoas físicas e jurídicas neste suposto esquema de lavagem de dinheiro. 

Segundo a investigação, outra forma utilizada para lavar o dinheiro era a compra de objetos de luxo, imóveis, carros e aviões. É o caso do avião de Gusttavo Lima, que foi apreendido na operação na semana passada. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que existe um processo de transferência em andamento do veículo.  

No entanto, as investigações apontam que a empresa Balada Eventos e Produções LTDA, que pertence a Gusttavo Lima, também está envolvida no suposto esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar, juntamente com as empresas de José André de Rocha Neto.

Rocha Neto teve a prisão decretada na operação, contudo, ele é considerado foragido, já que estava na Grécia, ao lado de Gusttavo Lima durante o cumprimento dos mandados. A defesa de Rocha Neto disse que a Balada Eventos vendeu o avião para uma das empresas que estão na investigação e que, portanto, não há relações dele com os crimes. 

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Fonte: Redação Terra
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