Detalor do PCC morto em aeroporto: investigação da PF terá estratégia igual à do caso Marielle

Polícia Federal conduzirá investigação independente à da força-tarefa das Polícias Civil e Militar

12 nov 2024 - 10h32
(atualizado às 10h39)
Resumo
A Polícia Federal vai investigar, em paralelo com as Polícias Civil e Militar, o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach em Guarulhos, em uma abordagem semelhante à usada no caso Marielle Franco.
Veja a cronologia e o que se sabe até aqui sobre o ataque a delator do PCC em Guarulhos
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A Polícia Federal (PF) vai investigar, de forma paralela à força-tarefa formada pelas Polícias Civil e Militar, o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na última sexta-feira, 8. 

A estratégia adotada pelo órgão será semelhante à usada na apuração do crime contra Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro, quando um delegado transferido da Bahia passou a comendar as investigações. 

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De acordo com fontes ouvidas pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo, apontam que a possível interferência do crime organizado nas polícias pode prejudicar a investigação.

O motivo da abordagem igual à do caso Marielle é para trazer proteção a policiais locais e usar equipes com experiência em casos complexos e potencial envolvimento de agentes de segurança.

Por isso, a PF teria chances maiores de apurar o caso do que as forças de segurança locais. Além disso, como o aeroporto está sob jurisdição federal, o Palácio do Planalto determinou que o órgão passasse a investigar o caso.

Cúpula da segurança pública de SP anuncia força-tarefa para investigar crime no Aeroporto de Guarulhos.
Cúpula da segurança pública de SP anuncia força-tarefa para investigar crime no Aeroporto de Guarulhos.
Foto: Marcelo Godoy/Estadão / Estadão

Na apuração do caso da vereadora assassinada no Rio de Janeiro, as investigações começaram por conta da Polícia Civil. No entanto, a investigação só começou a caminhar depois da entrada da PF. Marielle e o motorista Anderson Gomes morreram em 14 de março de 2018. Os assassinos confessos do caso, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, passam por júri popular no último dia 31 de outubro e foram condenados à prisão.

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Gritzbach colaborava como delator em uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC, levantou suspeitas sobre a participação de policiais no crime, direta ou indiretamente. O empresário já havia relatado ao Ministério Público e à polícia estar sendo extorquido por policiais civis.

Policiais militares que faziam segurança privada para Gritzbach, uma prática considerada irregular, também estão sob investigação. Os quatro policiais militares envolvidos foram afastados de suas funções.

Empresário foi morto no Aeroporto de Guarulhos.
Foto: Italo Lo Re /Estadao / Estadão
Fonte: Redação Terra
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