Detentos que fugiram de presídio federal são acusados de traição e foram jurados de morte pelo CV, diz site

Detentos escaparam na madrugada de quarta-feira, 14, e essa é a primeira fuga já registrada em uma penitenciária federal do Brasil

20 fev 2024 - 18h02
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento
Foto: ecretaria de Estado de Segurança Pública do Acre

Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal em Mossoró (RN) foram expulsos do Comando Vermelho (CV) e estão jurados de morte, segundo divulgado com exclusividade pela coluna 'Na Mira', do Metrópoles. 

Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho". Os dois pertenciam à facção até tentarem fugir do Presídio Antônio Amaro Alves (AC), em julho de 2023.

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Quem teria decretado a morte dos detentos foi a liderança do CV no estado, devido a uma suposta traição por parte de Rogério e Deibson, que queriam fundar a própria organização criminosa.

Fontes ligadas à investigação confirmaram as informações à coluna, o que reforça que os detentos podem estar escondidos na mata desde que escaparam da prisão de segurança máxima na quarta-feira, 14. Eles não teriam tido o apoio das lideranças do CV na fuga.

Além disso, “como ex-integrante do Comando Vermelho, a dupla não teria apoio de outras organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção originariamente paulista, ou o Sindicato do Crime, criada no Rio Grande do Norte, pois esse tipo de traição não é aceita em qualquer tipo de facção”,afirmaram fontes ao 'Na Mira'.

As investigação também apontam que teriam sido os presos Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, atualmente custodiados na Penitenciária Federal de Mossoró, que ordenaram as mortes dos fugitivos.

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Rogério e Deibson são apontados pelas autoridades do Acre como principais lideranças do Comando Vermelho no estado. Nesses casos, a punição por traição para integrantes da facção é a morte, segundo uma fonte explicou à coluna. 

Quem são os fugitivos 

Ambos os fugitivos são naturais do Acre e estavam sob custódia na Penitenciária Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, conforme divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na época.

No ano passado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre informou que Rogério e Deibson estavam entre os detentos envolvidos na rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Na ocasião, cinco prisioneiros foram assassinados. 

Deibson foi detido em agosto de 2015 e também cumpriu pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele possui condenações e é acusado de envolvimento em assaltos, furtos, roubos, homicídios e latrocínio

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Já Rogério estava cumprindo pena no Acre quando foi transferido para o Rio Grande do Norte. Ambos são membros de uma organização criminosa e deveriam cumprir uma sentença de dois anos, até 25 de setembro de 2025.

O presídio federal de Mossoró foi inaugurado em 2009 e é o único localizado no Nordeste. Com uma área de 13 mil metros quadrados, abriga mais de 200 detentos e nunca havia registrado uma fuga.

Além de Mossoró, o Sistema Penitenciário Federal conta com presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), que abrigam detentos de alta periculosidade.

Fonte: Redação Terra
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