Dois dos suspeitos presos pelo sequestro e morte do tenente aposentado Ricardo Boide, de 52 anos, são filhos de um policial militar aposentado. A informação foi confirmada pela Delegacia de Embu dos Artes ao Terra nesta terça-feira, 11.
Os criminosos investigados pelo homicídio do tenente já são investigados pela prática de roubo a residências na região em que ocorreu o crime e costumavam agir com requintes de crueldade.
O tenente foi uma das vítimas da quadrilha. Ele foi torturado e morto na manhã de quarta-feira, 5, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) informou que o caso segue sendo investigado em sigilo policial e a Polícia Civil realiza diligências para esclarecimento dos fatos. Na última quinta-feira, 5, cinco suspeitos de participar do crime foram presos em flagrante durante a Operação Caapora.
Relembre o crime
Ricardo Boide e mais três pessoas de sua família foram rendidos por bandidos, e ficaram cerca de três horas sob a mira deles. A vítima foi agredida com socos, coronhadas, chutes e choques, e posteriormente, levado pelos suspeitos.
Ainda de acordo com as autoridades, o grupo ainda realizou transações bancárias via PIX e também passaram o cartão do tenente na máquina que eles carregavam. Por volta do meio-dia, policiais civis da Delegacia de Embu das Artes encontraram o corpo de Boide em uma área rural, nas proximidades de sua residência.
Cinco dos seis suspeitos foram presos pouco depois, pelo crime de latrocínio [roubo seguido de morte], resistência, tráfico de drogas, porte ilegal de arma e munição.
Com o apoio do Centro de Inteligência Policial (CIP), a equipe apurou que os crimes eram realizados de maneiras semelhantes: os suspeitos acessavam os condomínios residenciais pelas áreas de vegetação, à noite ou de madrugada. Após renderem as vítimas, eles as ameaçava e agredia.
Defesa
A defesa Jhonatan Santos do Vale emitiu uma nota respondendo às acusações. Leia a nota na íntegra:
- A defesa do Sr. JHONATAN SANTOS DO VALE, entende que a Justiça é o local adequado para se tratar das acusações apresentadas contra ele. No devido tempo, será demonstrado que o suspeito não tem qualquer ligação com o quanto veiculado pela mídia. Por fim, é sabido que o pré-julgamento carreado pela imprensa é capaz de destruir a vida daquele a quem são atribuídos os fatos. Portanto, forçoso que respeitem Jhonathan e os seus e que a justiça faça o seu trabalho.
- Resek, Siqueira, Moura e Santos Advogados