Dois suspeitos de ter amarrado um adolescente de 15 anos a um poste no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, foram identificados pela Polícia Civil na terça-feira. João Victor Andrade de Moraes e Raphael Silva dos Santos Fernandes foram reconhecidos por dois jovens que estavam com a vítima no dia 31 de janeiro e fugiram antes de serem agredidos, de acordo com a polícia. Eles apontaram os suspeitos após ver fotos apresentadas por policiais 9ª DP (Catete).
O adolescente que ficou preso por uma tranca de bicicleta pelo pescoço, porém, não identificou nenhum dos "justiceiros". Conforme a Polícia Civil, ambos os suspeitos têm antecedentes criminais por acusações que vão desde furto e ameaça até estupro e uso de drogas. Catorze jovens que teriam agredido o adolescente foram detidos no Parque do Flamengo, mas negaram participação na agressão e disseram não fazer parte de qualquer grupo que pratique a violência. Eles assinaram um termo circunstanciado e, em seguida, foram liberados.
Agressão a jovem gera polêmica
A agressão ao rapaz ganhou as redes sociais depois de ser denunciada pela artista plástica Yvonne Bezerra de Melo, fundadora do projeto Uerê, que atende crianças e adolescente carentes no Complexo da Maré. Yvonne postou no Facebook uma foto do adolescente logo após a agressão.
Além de ser preso ao poste com uma trava de bicicleta, o jovem chegou a ter parte da orelha arrancada. Ele foi socorrido e levado ao hospital municipal Miguel Couto pelos bombeiros, que precisaram usar um maçarico para libertar o rapaz.
Por conta do episódio, 14 jovens foram detidos por policiais militares na madrugada de terça-feira. Eles são suspeitos de ser integrantes de um grupo identificado como “justiceiros do Flamengo”. De acordo com a polícia, a suspeita é de que eles ataquem com tacos de beisebol, paus e pedras suspeitos de praticarem roubos na região.
Segundo a Polícia Civil, os 14 jovens, entre eles um adolescente, foram encaminhados para a 9ª DP (Catete), onde negaram participação no crime, assinaram um termo circunstanciado e, em seguida, foram liberados. Os rapazes respondem por crime de formação de bando ou quadrilha, tentativa de lesão corporal e corrupção de menores.